quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Um pedido de desculpas


São diversas as circunstancias que nos fazem tomar o caminho contrário do que devemos seguir, às vezes me perco em uma encruzilhada de trilhas, todas apontam para uma direção, algumas se encontram em certo momento, outras não. Por muito tempo estive perdida, não sabia por onde seguir. Enfim. Agora eu sei. E vou contar pra você, onde quero chegar.

Tantas vezes nos falam para sermos mais racionais, mas não “existe” razão quando se fala de amor, somos seres naturalmente emocionais, sejam elas emoções boas ou ruins, mais são emoções. Até mesmo os que se dizem guiados pela razão estão tomados por algum sentimento que os limitam, seja medo, orgulho ou o simples e cruel egoísmo.

Sinto te dizer meu amor, eu peguei por algum tempo o caminho errado, eu não estava inconsciente, mas cega, tapei meus olhos para a verdade, abri meus ouvidos para palavras que não deveria ouvir e ludibriei meu coração para o que não deveria sentir. Não, não sou livre de culpa, me deixei levar pelas palavras erradas e pelas conclusões erradas. Mas é incrível como só nos damos conta da altura quando estamos prestes a cair no precipício. Eu tenho medo de altura. Já me joguei tantas vezes, que hoje temo chegar ao topo.

Desculpas não mudam nada, então, deixe que eu prove, durante todos os dias e segundos que passarmos juntas, e espero que esses dias tenham mais de 48 horas, já que apenas 24 não nos faz feliz, por que o tempo com você passa rápido, porém, já que o tempo não nos ajuda, gostaria de passar a minha vida ao seu lado. Por que você me completa, sempre que sorri, sempre que lava as mãos.

Confesso. Esperei muito para confessar, desde a primeira linha, confesso, e que se dane a gramática, não irei guardar vírgulas se minha fala for pausada, muito menos confissões. Enfim, só quero que você saiba, que por você posso superar o meu medo, posso subir lá no alto, posso até me jogar, por que sei, que quando eu estiver em queda livre, você irá me segurar em seus braços, e juntas, voaremos.



segunda-feira, 14 de dezembro de 2009



Em uma tarde sem muito ter o que fazer, resolvi chamar a Tai (blog Theatro de Palavras) e o Elder (blog O Epitáfio) para um passeio. Ele eu já conhecia, ela não. Descobrimos que temos muito mais em comum do que pensávamos. Somos blogueiros, boêmios, apaixonados... Somos pessoas intensas. E nessa intensidade nos encontramos.

O Indie de Boteco está entrando em uma nova fase, irei abranger mais o que se conversa nas mesas dos botecos, entre uma cerveja e outra. O Blog contará com algumas sessões especiais, como a sessão “No Boteco...”, nela irei entrevistar algumas pessoas, entre blogueiros e artistas, conhecidos e desconhecidos. E para inaugurar a sessão, resolvi fazer uma entrevista com o Elder F., como ele mesmo se denomina “sempre atrasado e destituído de juízo.”


Entrevista com Elder F.

1. Há quanto tempo você tem o blog O Epitáfio?

É meu desde um pouco tempo para cá, mas teoricamente tenho O Epitáfio desde Outubro de 2007.

2. O que te motivou a criar o blog?

O intuito de transformá-lo em baú. Verdadeiro depósito de idéias, delírios, sensações. Mas a visão foi se expandindo, e a cada expansão surge um novo estímulo. O que me motiva a criá-lo tal como hoje é concebido é a divulgação dos textos e o contato com outros tipos de literatura, outras formas de personalidades.

3. Você costuma ler outros blogs? Se sim, quais?

De todos os tipos de mídias sociais, as que mais me seduzem são blog e twitter, até pelo meu conceito, talvez errôneo, de twitter: mini-blog, ou mini-diário, como se transforma para a vida de uns. Leio bastante blogs que seguem o próprio estilo do que escrevo, poesia, música, prosa, não raramente algum blog de humor e dificilmente blogs políticos. Dentre os que leio, estão o Lorotas Da Doca, Teatro Das Palavras, Criatividade em Falta, Dicas para o dia a dia, O Nada, Marcos do Tempo, Fragilidade Incondicional e Indie de Boteco.

4. De que forma você acha que tais blogs “Literários” contribuem para a literatura contemporânea?

Essa é uma discussão bem interessante.Blogs são quase, forçadamente, sinônimo de liberdade individual, socialização das expressões, e esse excesso de 'liberdades' nos sujeita a encontrar/ler tudo. E essa maré de 'tudos', essa ventania de 'sentimentalidades' e 'individualismos' podem ser bons, como podem ser besteiras, passatempos, "lixo eletrônico." Resta saber selecionar, mas certamente os blogs ajudam para essa nova literatura, essa literatura mais voltada para cá, para nós, para o nosso meio/espaço. Sujeito-me a dizer que a nova escola literária vai ser a ramificação do pós-modernismo com um hífen ligando ao 'virtualismo'. rs. Pós-moderno-virtualista.

5. Ao seu ver, qual a importância de manter contato com outros blogueiros, principalmente com os do seu próprio estado?

O meu ver é variado, mas talvez possamos ver juntos. rs. É quase sempre uma questão de contato mesmo, mutualismo, as vezes exclusiva simbiose. Faz bem, ler e comentar, julgar, criticar, fazer amizades, da sua estirpe, no mundo virtual. Você sempre sabe quem mais e parece com você. Alguns "quem sou eu" de redes sociais não dizem tanto de uma pessoa quanto um único parágrafo do seu texto, um singelo verso, uma rima desobediente. Aprecio a união dos que estão mais próximos. Entre fazer amigos virtuais e nunca conhecê-los e fazer amigos virtuais levando essa amizade para esse mundo cheio de cilada, o melhor é concretizá-los..

6. Você acha que deveria haver encontros de blogueiros aqui em Belém com mais freqüência?

Desde que se juntem por espontânea vontade, a fim de conversas, tagarelices, discussões, afloração de besteiras, passarem tempo. Encontros são sempre bons, eles relaxam e às vezes, de alguns desses memoráveis encontros, nascem algumas pérolas, frases, longas histórias que no mínimo merecem ter um destaque depois que tudo passe. rs.

7. Já que você tocou nos tais “quem sou eu”... Quem é você?

Um escritor frustrado, vestibulando desesperado e o mais novo desempregado da sociedade. Fora isso o resto é mesmice, coisas que não passam, não mudam, variam de criatura para criatura, mas que permanecem inalteradas na essência. Essa é a definição que menos parece fugir da realidade, da aplicação natural: "Coisas inalteradas na sua essência”



Links:

http://theatrodepalavras.blogspot.com/

http://oepitafio.blogspot.com/

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Levemente Adocicado



Levemente adocicado
Aquele suave beijo
Que molha meus lábios
e partes do meu corpo
que não cabe a mim citar

Excitar
Mas não negar
O que Aquele beijo provoca
O que Aquele desejo evoca
no fundo
O que aqui não posso expressar

Mas porém
os de cabeça aberta
os que tem liberdade certa
podem ler entre essas linhas
E tirar suas conclusões

De que Aquele beijo dado
Levemente Adocicado
é o pecado
de minhas orações.


quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Ampulheta


Repete o tempo que não volta mais

E trás nos ventos o doce cheiro da denuncia

Vem agora me dar um beijo

Que nesse beijo te mostro minhas verdades

Que no teu desejo mora minhas vontades

Não tão amarga

Muito menos exagerada a dor

Que se desfaz

Levando junto à areia fina

Da ampulheta que se vai

Que se desloca o verso

E desses versos não voltam mais...


imagem: rê caraih

quarta-feira, 25 de novembro de 2009



O artista é uma caixa
repleta de segredos,
alguns tem sua chave,
outros não...

ilustração: rê caraih
(nanquim e photoshop)

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Em seus braços



Bem ali, ela estava bem ali, prestes a vir me carregar, e eu a olhava atentamente, vendo seus atos, temendo uma aproximação mais brusca. Ficamos ali nos entreolhando, ela me seduzia aos poucos, pensei diversas vezes em deixar ela me erguer em seus braços e me levar para onde ela desejasse. Eu sorri. Às vezes até esquecia o que estava acontecendo e me sentia bem. Não sei se a dor era tanta que eu estava perdendo a noção do que sentia em meu corpo ou se ela realmente estava indo embora.

Fechei os olhos...

...

- Você está ai?

...

- Reanima ela... Você está ai?

...

Minhas pupilas dilataram, e a luz era forte demais, vi apenas borrões, três serem sobre mim, meu peito doía, parecia que estavam dando socos na minha costa, e meu coração se retorcia dentro de mim, eu sentia que fosse tudo explodir. E ela ali parada olhando tudo aquilo. Ela sorriu friamente, estendeu a mão. Comecei a chorar freneticamente. Agulhas. “Eu não quero!” foi o que meus lábios falaram sem um pingo de voz, eu estava desligando.

...

“Você não quer mesmo ir?”

Meu coração ainda batia, dolorido, apertado, doente, mas batia como uma mão fechada quando dá um soco no muro. “Você pode ficar livre. Como você sempre pediu, nos seu sonhos, nos seus pensamentos, estou te dando a chance que sempre esperou!” – Sua voz era doce, tão suave... Quase me deixei levar por aquela loucura. Eu não podia ir, não podia ser covarde e deixar todos para trás. Seria eu tão amarga?

Fechei os olhos, me perdoei por tudo, jurei pedir perdão... E quando abri os olhos...

Ela já não estava lá!


S...02


Não me responda
Desligue do outro lado
bata com bem força para não correr os riscos
Posso ter gritado
Mas isso nunca fez você me escutar
Você nunca quis
Nem ao menos leu nas entrelinhas
Você talvez não goste de ler

Nada é para sempre
Já estou certa disso
Mas não diga que não tentei
Te dei meu coração e você o espremeu
até sair o ultimo pingo de sentimentos
que escorreu pelo esgoto das suas mentiras

Então desligue do outro lado
Por que eu sou uma mulher melhor agora
E não irei gritar
nem irei chorar

Desligue
Eu já desliguei...


segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Sociopatia crônica



Eu tenho um pensamento lógico, creio que ouvimos essa frases milhares de vezes durante nossas vidas "não faça aos outros o que não gostaria que fizessem a você". É realmente incrivel como as pessoas não dão valor a esta frase, confesso que as vezes nem eu mesma, porém... Se eu fizer mal pra alguém, que já me fez algum mal, se eu me vingar, ora, estou no meu direito não é? Haha! Ok ok, não irei pro inferno, aff, eu nem acredito em inferno, e isso é muito bom, pois não temo ir pra lá, alias não temo muita coisa, não temo a morte, não temo mas ficar sozinha. Posso afirmar que as vezes tenho medo de mim mesma, e sei que tem pessoas que também tem. Tenho medo por que as vezes me acho sociopata demais. Não que eu seja permanentemente assim, mas por diversas vezes, me sinto incapaz de me importar com o sentimento de pessoas que me sacaneiam.
Da mesma forma que posso ser fiel, amar, e cuidar de alguém que me retribui ao menos o respeito, tenho a capacidade de ser cruel quando preciso.
Eu faço aos outros o que as pessoas fazem comigo.
Venho descobrindo aos poucos que pessoas que eu confiava não são o que realmente são, ou eu sento na mesa do bar e converso, ou eu dou o troco de forma fria e calculista...
No final você decide!
haha


quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Ou


Ou você é ou não é

Não tente criar um personagem

As coisas acontecem por que tem que acontecer

Ou você quer ou não quer

Não tente criar uma situação

Nossos caminhos talvez não mais se cruzarão

Posso afirmar que não existe para sempre

Acorde desse seu conto de fadas

Eles não existem

Talvez nada que você tenha pensado seja verdade

Mas você não acreditou quando deveria acreditar

Você não acreditou em mim

Ou você é ou não é

Não tente ser anjo ou demônio

Não tente ser quem você não é

Se olhe no espelho

Ainda existe o meu reflexo

E você não pode apagá-lo

Talvez nada que você tenha pensado seja verdade

Mas você não acreditou quando deveria acreditar

Você não acreditou em mim


quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Clichê


Sabe aquela coisa clichê?

Coisa de poeta mal amado, que sempre escreve poesia quando se está fudido por causa de uma amor? Pois é, eu sou assim... E sou clichê! As vezes me acho muito “mulher de malandro”, que só gosta de quem não gosta de mim, ou realmente sou uma, ou minha sorte é uma merda, por que sempre me ferro! Mas quer saber? Foda-se.

Porém... O que fazer quando se gosta tanto de alguém, que chega a sentir saudade até dos defeitos? O tempo passou tão rápido, foi tão intenso, que parece que nos relacionávamos há anos. Terminou ontem, e já me recordo como se tivesse acabado há décadas. Já sinto falta do seu cheiro de perfume de bebê, das suas manias de limpeza, sempre lavando as mãos.

Enfim, o tempo não volta.

Creio que estou me tornando o estereótipo de poeta decadente: Mal amada, semi alcoólatra, fumante inveterada e amarga!

Foda-se

Eu sou Clichê!


sexta-feira, 13 de novembro de 2009



Me vejo cortada ao meio
sangrando como fonte que dá de beber aos pássaros
serrada em duas partes opostas
distintas
mudas em seus pecados
Me enxergo como reflexo torto no espelho
em cada mão uma maçã
nem uma das duas mata a minha fome
nem uma das duas será tão doce
Porém estão em minhas mãos
oportunidade de colher flores
que outrora morreram
com o calor do verão!
Não sei se como ou jogo fora
Não sei se abandono a minha glória
tardia é a reciproca
amarga é a saudade
E o amor que as vezes transborda
é o mesmo que no chão se parte!



Platônico


O ano pra mim é dividido em semestres, cada um corresponde à um amor platônico. O primeiro eu curo nas férias de julho e o outro no Carnaval. O primeiro fez eu ser mais realista e o outro a voltar a sonhar. No primeiro eu tinha medo de falar as coisas e no outro aprendi a não guardar. O primeiro me fez careta e o segundo a me libertar. O primeiro me fez caseira e o segundo a "libertinar". O primeiro me mostrou a paixão e o segundo tá me ensinando a amar. O primeiro curei por compaixão a MIM! E o segundo espero não ter que curar.

imagem: rê caraih

terça-feira, 10 de novembro de 2009








A essência
de todo
artista
é se
redescobrir
a cada gota
de lágrima!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Uma perda de tempo


Naquela noite tudo parecia claro, ela estava perdida, cega, em um quarto escuro, vazio. Suas mãos tateavam o ar em busca de algo que nem ela mesma sabia, aquela garota que sempre sorria, por dentro sangrava, como animal em abatedouro, em vez de berros ou gritos, o silêncio ensurdecedor da noite, cortado apenas pelo vento que batia em suas lágrimas. Estava ali se perguntando, o por que, do por que, e pra que?

Doava-se com tanta intensidade que chegava a doer cada informação que seu cérebro lia como amor, na verdade ninguém poderia entende-la, não era uma menina era uma mulher, talvez todos a achassem uma idiota, boba, mais sonhadora demais, e o amor a fazia se perder, e sempre que dizia “eu te amo”, ninguém poderia entende-la, pois ela era uma mulher, uma mulher que amava. As pessoas têm falsa verdade que as coisas podem ser esquecidas com facilidade, mas não importava quantas vezes ela dissesse “me ame por favor”, por que ela não seria amada, e também não iria se encontrar nem mesmo no espelho quebrado do banheiro.

Então diga ao céu: Eu te amo baby, você nunca vai me entender!

Tudo que a colocava pra baixo, tirava cada vez mais o brilho das estrelas, ela procurava uma razão, mas nada tinha sentido, nenhuma chance para tentar, talvez ela nunca tenha estado certa. E quando achava que o paraíso seria para sempre, ela não estava certa novamente.

Então feche os seus olhos e chore mais uma vez...


terça-feira, 27 de outubro de 2009

PunkIndie Festival




Parece que a cena rocker de belém está dando um Up! Na verdade já estava precisando de novas bandas, novas caras, algo diferente das mesmas bandas de panela que se instalaram na cidade nos ultimos tempos. Eu ando meio cansada de ouvir as mesmas músicas e ver os mesmos rostos no palco, realmente venho sedenta de novas performaces, sons diferentes, misturas.
E por que não misturar punk com indie?
Simmmm, o som pesado e tenso do punk setentista, com o muitas vezes experimental Indie Rock, e é o que uma nova produtora de belém está se propondo a fazer. Diferente de meachuta, pogobol, frica e outras, a Take Two investe em festas mais "independentes". É por isso que iram comemorar o halloween em alto volume no Café Taverna, dia 31 de outubro às 19:00 hs. Ao som de Nêgo Junkie, Sequelas, The Superarms e outras bandas.
Encontro vocês lá!


arte/ilustração: rê caraih e rafael reis

sexta-feira, 23 de outubro de 2009



O indie de boteco está passando por algumas mudanças, fora o layout (por que hoje simplesmente surtei!), uma delas é que vou tentar comentar sobre outras coisas que não seja eu mesma, pois ando muito egocentrica, e isso já está ficando sem graça.
Pra quem gosta de música de boa qualidade, ai vai uma sugestão, dia 6 de dezembro vai haver a estreia de uma banda indie, a Idílio, e junto com ela iram tocar outras bandas como Cubo 91, Paris Rock, Jardim Rock, The Superarmys e a minha nova banda, The SuperSams flying around. O show vai acontecer no Boteco da Tamandaré, que fica na Av. Tamandaré próximo ao Aslan.
Amanhã irei para a sessão de fotos da Idílio e farei uma entrevista com os meninos. Logo logo irei postar aqui!

arte do cartaz: rê caraih

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Meu querido d... blog?!


Não costumo usar esse blog como diário, embora ele seja muitas vezes bem pessoal, mas já que ultimamente minha vida muda tão rápido, que não dá tempo nem de reencontrar meus amigos pra contar as mer... ops... novidades, que resolvi desabafar aqui. Já não aguento mais minha vida, sinceramente, ando cansada de mim mesma, cansada da limitação geográfica da cidade, cansada de sempre ser a que gosta mais, cansada de ser a ovelha negra da família, cansada! As vezes fico cansada até de escrever nesse blog, alias... Em breve vou mudar o layout... Por que estou cansada deste aqui!
Passei minha vida toda, okay, só tenho quase 23 anos, isso é toda a vida que tive. Mas cheguei até aqui sendo sempre a coadjuvante na história de alguém, sinto que está na hora de ser a personagem principal ou irei me tornar somente aquela figurante que passa lá atrás, quando a câmera só está focando o tão sonhado beijo. Também ando sem muita criatividade, tenho medo de ter outro bloqueio, por que o ultimo durou 4 longos anos, tenho fases, sou realmente muito estranha, quase que bipolar, ou polipolar... Sei lá, só sei que vivo mudando, e sempre que mudo de cabelo, pode ter certeza, algo mudou dentro de mim. Cortei o cabelo essa semana, mudei meu destino. Será? Talvez. Entendo que todo precisam ter um novo começo quando acham necessário, e eu estou achando isso. Estou tentando colocar em ordem minha vida, por que sinto que estou envelhecendo sem realizar meus sonhos, me sinto frustrada, ainda não me tornei ninguém, apenas uma mera aspirante a alguma coisa que ainda não sei o que é. Pretendo ser alguém, nem que seja um cadaver prestes a ser cremada, isso se eu deixar pago, senão serei apenas um cadaver.
Isso aqui é somente uma reflexão, não achem que eu sou doida, embora eu mesma as vezes tenha essa visão de mim. Meu otimismo as vezes é tão pessimista que me faz chorar. Quase uma crise emo..haha
Mas eu prefiro achar que podemos escrever nosso final feliz...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Carioca


Creio que nasci no lugar certo, mas no período errado. Eu sou carioca da gema, nascida no Hospital militar Marcílio Dias. Vim ao mundo em uma década cheia de novidades, talvez por isso eu seja tão “pós-moderna” como diz uma amiga minha! A década de 80 foi o período onde a cultura pop foi altamente disseminada, foi quando a música eletrônica ganhou identidade, quando surgiu o New Order após a morte de Ian Curtis, e entre outros artistas, a Rainha Madonna e a tão maluca Cindy Lauper. Cresci nos anos 90, ouvindo grunge e me viciando cada vez mais nas novas tecnologias, a primeira vez que entrei na internet eu tinha somente 11 anos, era 1998, e o que eu mais gostava de fazer era ouvir Spice Girls, eram tempos de MIrc e Zipmail, e eu ainda era apenas uma criança quase “comum”, a não ser pelo fato de viver brincando de me tatuar e de roubar cigarros da minha mãe, além de beber cerveja escondida, mais isso é outra história...or not!

Bem, eu cresci, virei blogueira, designer, baterista, aspirante a tatuadora, aprendi a fumar e a beber, matei aula, aprendi que Beatles não era só aquela coisa bonitinha, mas que eram muito mais legais quando sentiam aquilo embaixo da pele...enfim... eu comecei a enxergar o mundo. Enquanto meus irmãos estudavam para serem alguém na vida; meu irmão é professo de física e minha irmã assistente social; eu gastava meu tempo pintando quadros e discutindo arte em botecos, aprendi a tocar violão, por que minhas poesias precisavam de companhia, e as apresentei as melodias.

Agora vou chegar no ponto onde quero. Eu, mulher de 22 anos, não me importo em terminar em uma vala qualquer, vejo as coisas de perspectivas diferentes. Tipo, acho que eu deveria ser uma malandra carioca, porém, trocando o chapéu por algo mais fashion e o sapato preto e branco por uma melissa! Eu aproveitaria o charuto! Assim como esse tal estereótipo, eu também não acredito no trabalho como um modo de vida confiável, mas já que não tem outra escolha, prefiro fazer algo que eu realmente goste, do que fazer algo apenas por dinheiro. Eu quero aquela tal liberdade, quero ouvir Chico enquanto bebo o meu chopp e jogo conversa fora com meus amigos, pois na verdade todos acabamos no mesmo lugar, só o caminho que é diferente, e se for pra escolher, sim, prefiro assumir minha malandragem carioca!


imagem: rê caraih

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Slow Motion


Sinto como se meus pés não tocassem o chão, as coisas se repetem de formas diferentes, e ainda sim, eu sinto medo. Meu coração pulsa forte, minha respiração muda de imediato sempre que falo com você, sei que do outro lado da linha é quase que imperceptível, mas deste lado, é tudo muito forte, é tudo muito vivo. Sei que ai dentro, sim! Dentro de você, aquela bola de neve te consome, talvez te destrua aos poucos, e eu que não conheço Freud, tento te analisar, afim de encontrar a forma certa de dizer que sou diferente das demais, sou suspeita pra falar, e minha mãe também é, mas não vá se assustar se um dia eu pedir que ela me ajude, por que eu faria isso, faria por quem eu gosto, por quem me faz suar as mãos, talvez sim, eu pudesse me teleportar toda noite pro seu quarto, e bem devagar para não acordar a casa inteira, te daria o meu beijo de boa noite.

Sim, é confuso, tão confuso pra mim que aparento ser tão certa, tão firme. As vezes precisamos demostrar o que queremos ser e não o que somos naquele momento, então não se deixe confundir com minhas palavras, leia nos meus olhos, não só o reflexo do momento, mas quero que enxergue fundo o que nunca ninguém ao menos tentou enxergar, peço que me entenda nessas palavras, peço que veja quem realmente sou, talvez assim você possa se encontrar, talvez assim eu possa te ajudar.

Talvez seja pretensão minha desejar alguém que de tão idêntica seja o meu avesso. Sim! Eu sou uma otimista, não sei se por inocência, mas esse ar puro, confesso, já me deixou faz tempo. Eu que de tão errada me fiz careta, que de tão normal me fiz exceção, eu que de tão seca me vejo agora transbordando paixão, por alguém que entrou na minha vida sem nem ao menos pedir licença. E agora o que eu faço?! As vezes me perguntou se você sente o mesmo, essa falta de ar que me afoga, esse nó na garganta que me sufoca sempre que penso se vou sucumbir mais uma vez...

Não sei se posso dizer que te perdi, por que não sei se um dia te tive, alias, o tempo correu rápido, e se for pra repetir o acontecido, prefiro seguir em câmera lenta!

sábado, 10 de outubro de 2009

Entre Linhas


Desde muitos séculos atrás, o homem busca incessantemente respostas para o que há por vir, procura meios de obter sucesso, de se tornar alguém, ser rico, ter amor, ter poder. Para alguns o futuro é algo totalmente mutável, para outros é uma linha que já está traçada, de onde não podemos fugir, onde simplesmente devemos aceitar, como em um roteiro mal escrito.
Algumas pessoas levam a palavra Destino tão a sério, que se deixam levar por pessoas muitas vezes de má fé, que se auto intitulam videntes, médiuns, ou como você quiser denominar. Outras não saem de casa sem consultar antes o seu horóscopo, tipo aquele cara o João Bidu, talvez se ele fosse tão bom nisso, não precisassem ficar escrevendo essas revistinhas e ganhava logo na Mega Sena!
Enfim, não quero ser cética nem nada, alias, acredito que algumas pessoas possam ver algo além do tempo-espaço em que vivemos. Certa vez leram a minha mão, me falaram muitas coisas, uma delas é que eu morreria cedo, mas não liguei muito por que enfim, eu não tenho medo de morrer, só tenho medo de não viver, e isso é algo que venho trabalhando durante todo o tempo que eu tenho neste mundo!
Falaram-me também que eu não ficaria aqui em Belém por muito tempo, me descreveram psicologicamente, disseram coisas sobre mim que só eu mesma sabia, foi quando comecei a acreditar... Mas a parte boa está por vir... Disseram-me que eu iria ter muito dinheiro, que seria bem sucedida profissionalmente, mas que minha vida amorosa seria extremamente conturbada, em outras palavras, uma merda. A parte boa é que acertaram... A parte ruim? É que ainda não vi a cor do dinheiro!


quarta-feira, 7 de outubro de 2009

...


O tempo é totalmente relativo,

Em um curto espaço, ele pode se fazer imenso,

Como em um livro de um capítulo só.

Foi assim nossa história

Contada linha a linha

Letra a letra

Sensação por sensação...

O primeiro verso foi lento

O segundo foi um vulcão

A intensidade crescia como um vento que sopra

Prevendo um enorme tufão

Ainda não sei entender como você entrou aqui

Escreveu com tinta vermelha

Sobre os versos que eu mesma tinha escrito em mim

Apagou o capítulo passado

E foi redigindo página a página

Um conto simplesmente inesquecível

Uma história que eu não queria que tivesse fim

Hoje deixo derramar minhas lágrimas

Deixo escorrer sobre a tinta ainda recente do papel

Não irei apagar ou deixar adormecer dessa vez

Não irei afogar em um copo de cerveja

Mas talvez...

Irei lembrar muitas e muitas vezes

De você

Na mesa de um bar

Quando eu perceber

Que o seu sorriso

Eu nunca mais irei encontrar

Em ninguém...


sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Uma única dose...


Dose...

Veja-me mais uma dose

De todo rancor que você traz em si

Veja-me também uma dose de loucura

Quero compor com a insanidade que já trago em mim

Talvez eu possa fazer uma batida de mágoa e desilusão

Possa misturar em um só drink

Tudo o que já me trouxe a solidão

Um licor de saudade

Com o teor de verdade acima do normal

Destilado com essa tal imagem

Que tento aparentar por pura pressão social

Garçom!

Me de um litro de vergonha na cara

Traga prazer como aperitivo

Talvez assim eu faça algo que o valha...

Na verdade...

Agora vou falar a verdade!

Vim aqui pra me embriagar

Somente, e tão somente

De felicidade.


quinta-feira, 1 de outubro de 2009

E se nada der certo...


E se nada der certo
Posso voltar ao ínicio
Posso não desistir
Ou cair nesse seu precipício
Eu sei que você cala
Que consente, declara
E com medo
Não fala
Você está há um passo do fim
Não escuto
Eu grito
E no escuro
Ouço o ofegar da sua respiração
Você me assopra ao pé do ouvido
Você dispara o gatilho
E muitas vezes
Faz sangrar minha ilusão
Mas se nada der certo
Sem carinho, sem afeto
Não há nada a fazer
A não ser me perder
Nos seus braços Amor
Sei que posso me conter...

domingo, 27 de setembro de 2009

A queda

Resumindo...

Desilusão é algo que não passa com o tempo, ela simplesmente adormece e acumula toda vez que você cai novamente na mesma armadilha. Não adianta ser otimista quando se está em um labirinto, que sempre que se encontra a saída ela dá no mesmo lugar, não é nada fácil, o tempo vai passando e você vai se sentindo cada vez mais vazio, quando pensa que está sendo completado, percebe subitamente que está com a reserva mais baixa do que antes.

Ai vai cansando...

O cansaço vai nos remoendo, nos matando aos poucos, como um câncer, uma doença letal, incurável, que nenhum cientista ousa desafiar, muito menos alguém que já perdeu todas as forças.

E ele morre...

Certa vez vim em um filme que o amor é como estar escalando uma montanha, você sobe, e quando já está no topo, não tem mais como descer, e se quer sair de lá... Você cai.

sábado, 26 de setembro de 2009

...


A vida nos tira pessoas e em troca põe em nosso caminho outras que ajudam a completar cada dia, cada minuto e cada segundo de nossa existencia... foi o que aconteceu comigo, a vida me deu ótimos presentes nos ultimos meses, ela me deu a nique, kath, brenda, raissa, deb., donato, eraldo... e me deu você...
Apesar de tudo ter acontecido tão de repente, cada dia que passa sinto que você é diferente, simplesmente diferente! Você não é perfeita, as vezes fala alto, tem brincadeiras bobas, tem dias que fica chatinha, estressada, acorda com o cabelo todo bagunçado... E vou ser sincera, é exatamente toda essa imperfeição que me encanta, por que você não precisa fingir algo, você é você, consegue fazer eu me apaixonar novamente sempre que dá aquele sorriso (mesmo com o aparelho..haha). E apesar de nossa história ter começado há poucas semanas, você me deu dias perfeitos...
Sinto que o meu gostar passou a ser adoração e que esse adorar está crescendo aqui dentro, cada vez mais, e mais, e mais, e mais, e mais...



p.s.: não liguem para os erros ortográficos, isso não é um texto literário, é somente a materialização dos meus sentimentos!

domingo, 20 de setembro de 2009

Medo


E o que me desfaz
se esconde no inicio do fim
não adianta
simplesmente não adianta
não adianta querer saber o futuro
não adianta querer rimar no escuro
Existem coisas muito mais claras em mim

E o que importa quando nada é seguro?
O que nos faz sermos
tão hipocritas e egoistas
senão olhar para um horizonte sem razão
nem amor, nem paixão
Somos assim
tão frios e calculistas
Que quando encontramos o caminho
queremos estar com os pés no chão

Devemos voar
Sem medo de cair
E se cair...
Levantar
Só não devemos parar
antes mesmo de tentar
e com medo...
Esse medo de amar
Desistir!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Idiota!


Eu sou uma idiota

Sim! Eu posso provar

Ando por linhas tortas

Escrevo errado nas entrelinhas

Já não me lembro como acertar

Sim, eu sou uma idiota

Uma tremenda idiota

Que promete mais não pode pagar

Eu faço as coisas pelo contrário

Me perco nos naipes de um baralho

Confesso que nesse jogo

Nunca quis me aventurar

domingo, 13 de setembro de 2009

S...


Por que será que me perco nos seus olhos?

Eu posso dizer que sou uma boba romântica

Mas não confunda com fantasia

O que me contradiz é só o meu ego

Eu sou o centro da minha atenção

Sou os dogmas da minha razão

O sangue que escorre da minha ferida

Sim eu me perco no seu olhar

Eu me deixo levar pelo pulsar do seu peito

Pelo suor do seu corpo

Pela temperatura dos seus lábios ao me beijar

Eu gosto da sua pele arrepiada

Da sua respiração pesada

Sempre que chego a te encostar

Então por que me perco nos seus olhos

Se quando estou com você

Sinto que posso finalmente me encontrar!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Materializando pensamentos...


Naquela noite eu senti, uma coisa estranha, uma curiosidade quase divina, algo que nem eu mesma sei explicar com exatidão. O dia tinha passado rápido, e eu em minha solidão fingia que tudo estava bom. É extremamente engraçado como uma única ação desencadeia uma série de acontecimentos. Uma amiga minha, conheceu um garoto, que eu conheci, que me apresentou alguém que se tornaria minha amiga e essa amiga que me conheceu no meu momento mais down, me apresentou alguém cujo a imagem somente ficou adormecida por pouquíssimos meses.

Sou alguém comumente incomum, pode ser a explicação mais sem sentido pra dar a si mesma, mas eu sou simplesmente alguém que enxerga as coisas do ângulo mais improvável. Talvez por isso eu tenha crescido como a ovelha negra, a nerd, a garotinha mimada da família, que só se importa com o belo. Não é bem assim... Só prefiro ter uma visão otimista das coisas. Mas naquela noite eu pensei que nunca seria capaz de suprir minha curiosidade.

Algum tempo depois, mais uma ação inesperada me coloca diante daquele sentimento já descrito. E aquela pessoa que outrora era inalcançável, agora me deixa profundamente encantada... Existem pessoas que simplesmente te fazem sentir bem, só com um olhar, com um cheiro ou com um abraço, e essas pessoas são únicas e cada vez mais difíceis de encontrar.

Eu ainda não a conheço muito bem, eu ainda não sei os seus segredos ou suas teorias, eu ainda conheço muito pouco sobre suas verdades, mas não posso, realmente não posso negar minha curiosidade... Eu sou um quadro fauvista não terminado.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009


Eu quero voltar a ser criança,
Eu quero voltar pro utero da minha mãe e me sentir segura,
Eu quero ser uma semente prestes a germinar.
Queria encontrar o adubo certo para o meu jardim,
Queria ser estrela no infinito céu de jasmim,
Queria eu ser alguém indispensável pra ti, mas não sou...
Sou apenas alguém que te olha de longe,
Serei o curativo da ferida se precisares.
Mas não sou alguém pra te ensinar a andar,
Porém pode ter certeza,
Que segurarei na sua mão se precisar levantar!







dedicado a Camilla,
por todos os momentos bons
que me deu em tão pouco tempo.

domingo, 16 de agosto de 2009



Enquanto as pessoas pisam forte na calçada, enquanto ninguém olha o que se passa ao seu lado, mirando firme somente no horizonte cinza dos telhados, eu enxergo o que preciso enxergar, eu ouço o que necessito ouvir, eu sinto o meu corpo quente suar, líquido esse que me faz sonhar antes mesmo de dormir. Enquanto o mundo se preocupa em voar, para as estrelas simplesmente fugir, no meu mundo esse mundo já é mar, já não há como se abrigar, a não ser me embriagar de sonhos ainda inocentes. Posso parecer tão normal, tão sem sal, banalmente irreal, mas por dentro o meu fluir não é carnal, é puro sentimento, é puramente cor, é a felicidade composta de dor, é o branco contido no vazio do escuro, são as luzes que vejo no colorido do muro.
Enquanto as pessoas caminham forte pela estrada, enquanto ninguém olha da janela ou espreita da sacada, eu pinto minha morada. Enquanto o mundo se preocupa em hipocrisar a vida, prefiro dar minha cara a tapa pra verdade e dar as costas pra mentira.

imagem: rê caraih

quinta-feira, 13 de agosto de 2009


Eu queria te dar todas as cores do mundo, pra você sentir em cada tom, de cada cor, a vibração das coisas que sinto, queria assim, te mostrar quem sou. Pensei que talvez eu pudesse acalmar as tuas angustias com o verde que trago em mim e com o azul te fazer sorrir. Procurei captar todo o sentimento pelas minhas lentes, queria te dar todo o meu inconsciente, queria te amar perdidamente. Comprei lápis de cores para nos colorir. Porém ao chegar, descobri, simplesmente descobri que você prefere viver em um mundo preto e branco.



imagem: rê caraih

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Eu queria ser...

Há alguns minutos atrás, eu estava aqui na frente do “PC” pensando sobre o que eu iria escrever, eis que surge o meu irmão falando algo que nem eu lembro mais, conversa vai e conversa vem, e ele me pergunta: “Renata, você sabe qual é a especialidade da medicina que mais ganha bem?”, eu respondi negativamente, mas logo me dei conta de que deveria ser os neurologistas, já que eles lidam com a parte mais complexa do corpo humano. Meu irmão começou a me explicar sobre a graduação, residência e especialização de um médico neurologista, eles passam em média onze anos estudando para exercer a neurologia, eu já acho muito ter que estudar quatro anos, não que um designer não precise estudar, alias, temos que estar sempre nos atualizando, devemos saber sobre os novos softwares e tecnologias.
Bem...Melhor mesmo seria não precisar de tanto e ganhar muito, segundo as fontes do meu querido irmão, em Belém deve ter aproximadamente apenas uns cinco ou seis neurologistas. Pensando sobre o assunto, tirei a conclusão, que o melhor emprego do mundo, não é ser neurocirurgião, por que estudando muito pra ganhar muito, foi quando eu falei: “Bom mesmo é ser o Rubinho, que nunca ganhou nenhum campeonato e é milionário, ganha pra viajar pelo mundo e nem se preocupa em ganhar a corrida”, o nosso queriiiiiido Rubiiiiiinho Barrichello já está na F1 há uns 16 anos, e creio eu que ganhou menos corridas que o Massa.
Melhor que ser o senhor Rubens Barrichello, só ganhando pra ser blogueiro, mas creio eu que isso seja ainda uma utopia. Então já sabem, encorajem seus filhos para serem os futuros segundos-pilotos da F1. Por que se fosse pra escolher ser alguém, eu queria ser o Rubinho!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Cansaço




Ando tão cansada de falar das coisas que sinto
Das minhas dores
Soa tão egoísta falar de si
Quando o mundo passa por dores piores

Ando tão cansada de mim
Das minhas cores
Parece tão egoísta olhar pra mim
Enquanto milhares no mundo às cores explodem



imagem: rê caraih por pitty

quarta-feira, 5 de agosto de 2009




Quando tudo muda
E o mundo anda devagar
Todos os segundos do dia
Todas as suas manias

Quando a tolerância é pouca
Para os que não somam
A essa hipócrita maioria

Quando a liberdade não é livre
Para os que não sabem mentir
As portas se fecham
Temos de admitir

Quando a opinião se mascara
E a maquina domina, enfim
Isso é o Espetáculo de nossos dias!

Vivemos acuados, obrigados a somar
Um mais um é galho fraco
Um milhão é ditadura
Não quero viver nesse cabaré
Pra alegrar o circo
Pra iludir o circo
Pra alegrar o circo
Pra seduzir o circo!



arte: rê

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

She's lost control...Again!



Capitulo I – Disorder
Tudo estava fora do lugar, na verdade ela nem sabia como estava se sentindo, tinha sido um soco em sua cara saber tantas coisas em tão pouco tempo, ter vivido tanta mentira em tão pouco tempo, ter ser entregado tanto em tão pouco tempo. Sentido, dor, cansaço, desordem dentro de sua cabeça, na verdade ela não queria se dar o luxo de sentir algo, ela queria simplesmente não sentir nada, por que a dor que estava a consumindo fria e devagar não merecia estar ali, não merecia existir.
Por dentro sangrava como animal no abate, suas lagrimas viraram sangue, um liquido vermelho que banhava sensivelmente cada parte de seu corpo, que lhe comprometia até a alma, ela se contestava sobre a existência, sobre o que nunca pensou em contestar. Já não sabia o que poderia ou não fazer parte da verdade, “O que era a verdade?”, não acreditava mais.
Fé!
Também fora perdida.


[...]











nota: depois de muito tempo sem atualizar esse blog, depois de muitos dias vividos e muitas desilusões em tão pouco tempo, inspirada na obra de Ian Curtis (Joy Division), resolvi escrever um conto entitulado de She''s lost control...Again!, espero que gostem... eu estou de volta, só que agora muito mais forte!
imagem: igreja de S.Francisco em João Pessoa - Pb
por Rê Caraih

domingo, 19 de abril de 2009


E tudo se limitava

Não houve inicio

Mas o fim que logo estava por vir

Anunciava o que nunca havia acontecido.

Na mesa do bar ela chorava

Jogando as cartas na mesa

Procurando a sorte no azar de suas lágrimas

- Me dê mais uma cerveja!

E se afogava...

Como flor sensível

Que o orvalho teima em machucar.

É! O amor é a cura

E a chaga de todo romântico

Infeliz dela que insiste em amar!

E no boteco

Ela continuava a lamentar

O que nunca teve

Mas que quase sentiu sua pele tocar...


imagem: rê

segunda-feira, 13 de abril de 2009



Vida, caixa de objetos indiscutivelmente baratos, paga com moedas do meu bolso furado.
Pego a estrada tortuosa do meu horizonte e sigo com medo de bater na parede que o destino insiste em colocar diante de mim! Destino chato, talvez mal amado! Continuo com meu bolso rasgado e você nem pra me dar uma calça nova.




segunda-feira, 6 de abril de 2009




 Resolvi escrever para liberar minhas frustrações, para colocar pra fora tudo o que me torna ruim, achei que dessa forma eu pudesse ser uma pessoa melhor, pensei que talvez assim... Somente assim eu poderia ser finalmente livre! 

Sonhar muitas vezes é automutilação, é enfiar-se uma faca, proporcionar dor a si mesmo, quase que um suicídio. Quem nunca sofreu por sonhar ou planejar algo? Por desejar alguém e não poder ter para si? Eu sonho constantemente, e na maioria das vezes isso não me faz bem, não sou do tipo pessimista, na verdade sou uma sonhadora ultra romântica, daquelas como Mariana do romance de Camillo Castelo Branco, quase sempre ponho minha cara a tapa, quase sempre sinto a mão me queimar a face.

Alguns amigos dizem que o destino me reserva algo melhor. Como uma apaixonada crônica, sim! Eu já acreditei em destino, onde nada é por acaso, mas mutável. Hoje já não sei das minhas expectativas, confesso que esse tal destino já brincou tanto com a minha cara que chego a ter raiva dele. Outros dizem que se não deu certo, é por que não acabou, é aquele mesmo papo furado de que todos um dia terão um final feliz. Eu discordo!

Acreditar não é fácil, posso dizer que a única pessoa que realmente acredito, é em mim mesma, mesmo que eu me magoe, que eu me machuque com meu egoísmo barato, com meu narcisismo e egocentrismo quase que patológicos, sou a única pessoa que quando olho nos olhos, sei realmente o que está sentindo!


imagem: rê

sábado, 28 de março de 2009


Me perco

Cada vez que vejo seus olhos piscarem,

Sempre que enxergo o brilho,

Fosco brilho do seu olhar.

 

E ainda não sei se vou realmente

Encontrar, todas essas respostas avessas,

Que talvez você possa me dar.

 

Me perco

E me afogo sempre que te beijo,

Nesse oceano que você criou

Dentro de mim  eu te desejo.

 

Quando fecho minhas janelas

Fico cá com meus pensamentos.

Você! Roubou todos.

Monopolizou todos.

 

Você!

Somente você...

Que parece não acreditar em nada que digo.

Que parece negar tudo o que sinto,

Somente por Você!


desenho: rê

Ela


Ela descobriu uma coisa!

Sempre estaria caminhando sozinha. Em qualquer direção que pudesse andar, correr e seguir, estaria Ela e a Solidão trocando idéias, de mãos dadas até o tumulo.  Dançando a valsa da vida, Ela caia e levantava muitas vezes, de passos trocados, continuava pelos caminhos tortos...

Tortos os seus caminhos, e mais tortos ainda eram seus sentimentos...



terça-feira, 24 de março de 2009

V concurso de Blogs




Eu estou super feliz! Sim estou. Primeiramente por que estou sentindo que não foi em vão que criei este blog. Não me considero uma blogueira, mas uma aspirante a escritora! Segundo por que estou entre os cinco finalistas da categoria Literatura do V Concurso de Blogs da comunidade "Eu tenho um blog" do Orkut.

Comecei a escrever poesias aos onze anos, escrivia sobre tudo o que me dava na "teia", sobre minha realidade, passei por várias fases, a primeira claro foi a fase que pode ser chamada de Inocência, queria salvar o mundo, a segunda foi Onde estou? Quem sou eu?, a famosa fase em que começamos a nos dar conta de que fazemos parte de um todo, passei pela etapa Rebelde sem causa, alias o mundo era pequeno demais para mim, na verdade eu queria abraça-lo, e ainda quero, mas de uma forma diferente. O fato onde quero chegar, é que o bom escritor escreve bem principalmente sobre o que ele mais conhece, no meu caso, eu me conheço muito bem, tão bem, que sei que dentro de mim existem várias partes que formam essa Renata que aqui lhes escreve.

 Acho importante você leitor, conhecer quem escreve essas linhas.Não sou só escritora, ou tento ser, também sou pintora, desenhista, designer, aspirante a tatuadora e baterista de uma banda de Rock. Muitos me perguntam o por que do nome do blog, não me considero "Indie", por que não sei fazer pose de Inglesa, não sou alta e magra, e não só escuto Indie Rock! Eu sou indie de boteco, sim, mas o que é ser indie de boteco? É gostar do alternativo sem perder ou seguir uma tendência, alias... É não ter rótulos, mesmo que Indie de Boteco se pareça com um rótulo! Mas no máximo aqui, você encontra um rótulo de bebida, e olha que nem sou de beber!

Pois bem meus caros leitores desses linhas muitas vezes sem sentido, desde já agradeço quem passa por aqui, Sejam Bem Vindos ao meu Boteco!
Pra chorar por amor, contar uma dor ou simplesmente para jogar conversa fora.

E quem puder, dê uma força votando em mim na comunidade... ai em baixo tem o link.



imagem: rê