quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Um pedido de desculpas


São diversas as circunstancias que nos fazem tomar o caminho contrário do que devemos seguir, às vezes me perco em uma encruzilhada de trilhas, todas apontam para uma direção, algumas se encontram em certo momento, outras não. Por muito tempo estive perdida, não sabia por onde seguir. Enfim. Agora eu sei. E vou contar pra você, onde quero chegar.

Tantas vezes nos falam para sermos mais racionais, mas não “existe” razão quando se fala de amor, somos seres naturalmente emocionais, sejam elas emoções boas ou ruins, mais são emoções. Até mesmo os que se dizem guiados pela razão estão tomados por algum sentimento que os limitam, seja medo, orgulho ou o simples e cruel egoísmo.

Sinto te dizer meu amor, eu peguei por algum tempo o caminho errado, eu não estava inconsciente, mas cega, tapei meus olhos para a verdade, abri meus ouvidos para palavras que não deveria ouvir e ludibriei meu coração para o que não deveria sentir. Não, não sou livre de culpa, me deixei levar pelas palavras erradas e pelas conclusões erradas. Mas é incrível como só nos damos conta da altura quando estamos prestes a cair no precipício. Eu tenho medo de altura. Já me joguei tantas vezes, que hoje temo chegar ao topo.

Desculpas não mudam nada, então, deixe que eu prove, durante todos os dias e segundos que passarmos juntas, e espero que esses dias tenham mais de 48 horas, já que apenas 24 não nos faz feliz, por que o tempo com você passa rápido, porém, já que o tempo não nos ajuda, gostaria de passar a minha vida ao seu lado. Por que você me completa, sempre que sorri, sempre que lava as mãos.

Confesso. Esperei muito para confessar, desde a primeira linha, confesso, e que se dane a gramática, não irei guardar vírgulas se minha fala for pausada, muito menos confissões. Enfim, só quero que você saiba, que por você posso superar o meu medo, posso subir lá no alto, posso até me jogar, por que sei, que quando eu estiver em queda livre, você irá me segurar em seus braços, e juntas, voaremos.



segunda-feira, 14 de dezembro de 2009



Em uma tarde sem muito ter o que fazer, resolvi chamar a Tai (blog Theatro de Palavras) e o Elder (blog O Epitáfio) para um passeio. Ele eu já conhecia, ela não. Descobrimos que temos muito mais em comum do que pensávamos. Somos blogueiros, boêmios, apaixonados... Somos pessoas intensas. E nessa intensidade nos encontramos.

O Indie de Boteco está entrando em uma nova fase, irei abranger mais o que se conversa nas mesas dos botecos, entre uma cerveja e outra. O Blog contará com algumas sessões especiais, como a sessão “No Boteco...”, nela irei entrevistar algumas pessoas, entre blogueiros e artistas, conhecidos e desconhecidos. E para inaugurar a sessão, resolvi fazer uma entrevista com o Elder F., como ele mesmo se denomina “sempre atrasado e destituído de juízo.”


Entrevista com Elder F.

1. Há quanto tempo você tem o blog O Epitáfio?

É meu desde um pouco tempo para cá, mas teoricamente tenho O Epitáfio desde Outubro de 2007.

2. O que te motivou a criar o blog?

O intuito de transformá-lo em baú. Verdadeiro depósito de idéias, delírios, sensações. Mas a visão foi se expandindo, e a cada expansão surge um novo estímulo. O que me motiva a criá-lo tal como hoje é concebido é a divulgação dos textos e o contato com outros tipos de literatura, outras formas de personalidades.

3. Você costuma ler outros blogs? Se sim, quais?

De todos os tipos de mídias sociais, as que mais me seduzem são blog e twitter, até pelo meu conceito, talvez errôneo, de twitter: mini-blog, ou mini-diário, como se transforma para a vida de uns. Leio bastante blogs que seguem o próprio estilo do que escrevo, poesia, música, prosa, não raramente algum blog de humor e dificilmente blogs políticos. Dentre os que leio, estão o Lorotas Da Doca, Teatro Das Palavras, Criatividade em Falta, Dicas para o dia a dia, O Nada, Marcos do Tempo, Fragilidade Incondicional e Indie de Boteco.

4. De que forma você acha que tais blogs “Literários” contribuem para a literatura contemporânea?

Essa é uma discussão bem interessante.Blogs são quase, forçadamente, sinônimo de liberdade individual, socialização das expressões, e esse excesso de 'liberdades' nos sujeita a encontrar/ler tudo. E essa maré de 'tudos', essa ventania de 'sentimentalidades' e 'individualismos' podem ser bons, como podem ser besteiras, passatempos, "lixo eletrônico." Resta saber selecionar, mas certamente os blogs ajudam para essa nova literatura, essa literatura mais voltada para cá, para nós, para o nosso meio/espaço. Sujeito-me a dizer que a nova escola literária vai ser a ramificação do pós-modernismo com um hífen ligando ao 'virtualismo'. rs. Pós-moderno-virtualista.

5. Ao seu ver, qual a importância de manter contato com outros blogueiros, principalmente com os do seu próprio estado?

O meu ver é variado, mas talvez possamos ver juntos. rs. É quase sempre uma questão de contato mesmo, mutualismo, as vezes exclusiva simbiose. Faz bem, ler e comentar, julgar, criticar, fazer amizades, da sua estirpe, no mundo virtual. Você sempre sabe quem mais e parece com você. Alguns "quem sou eu" de redes sociais não dizem tanto de uma pessoa quanto um único parágrafo do seu texto, um singelo verso, uma rima desobediente. Aprecio a união dos que estão mais próximos. Entre fazer amigos virtuais e nunca conhecê-los e fazer amigos virtuais levando essa amizade para esse mundo cheio de cilada, o melhor é concretizá-los..

6. Você acha que deveria haver encontros de blogueiros aqui em Belém com mais freqüência?

Desde que se juntem por espontânea vontade, a fim de conversas, tagarelices, discussões, afloração de besteiras, passarem tempo. Encontros são sempre bons, eles relaxam e às vezes, de alguns desses memoráveis encontros, nascem algumas pérolas, frases, longas histórias que no mínimo merecem ter um destaque depois que tudo passe. rs.

7. Já que você tocou nos tais “quem sou eu”... Quem é você?

Um escritor frustrado, vestibulando desesperado e o mais novo desempregado da sociedade. Fora isso o resto é mesmice, coisas que não passam, não mudam, variam de criatura para criatura, mas que permanecem inalteradas na essência. Essa é a definição que menos parece fugir da realidade, da aplicação natural: "Coisas inalteradas na sua essência”



Links:

http://theatrodepalavras.blogspot.com/

http://oepitafio.blogspot.com/

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Levemente Adocicado



Levemente adocicado
Aquele suave beijo
Que molha meus lábios
e partes do meu corpo
que não cabe a mim citar

Excitar
Mas não negar
O que Aquele beijo provoca
O que Aquele desejo evoca
no fundo
O que aqui não posso expressar

Mas porém
os de cabeça aberta
os que tem liberdade certa
podem ler entre essas linhas
E tirar suas conclusões

De que Aquele beijo dado
Levemente Adocicado
é o pecado
de minhas orações.


quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Ampulheta


Repete o tempo que não volta mais

E trás nos ventos o doce cheiro da denuncia

Vem agora me dar um beijo

Que nesse beijo te mostro minhas verdades

Que no teu desejo mora minhas vontades

Não tão amarga

Muito menos exagerada a dor

Que se desfaz

Levando junto à areia fina

Da ampulheta que se vai

Que se desloca o verso

E desses versos não voltam mais...


imagem: rê caraih