sábado, 22 de dezembro de 2012

Sobre a menina no espelho


E ela olhava. Olhava-me como se soubesse o que se passava dentro de minha alma. Como se entendesse tudo, todos os conflitos e angustias que eu jamais contei a alguém. É assim, sorrimos para não chorar, bebemos para nos enganar. Porém ao deitar a cabeça no travesseiro, nos segundos entre dormir e estar acordado, tudo vem a tona, entra pelas veias como soro, e dói.
As vezes sentia que mesmo calada, ela gritava, e meus ouvidos, sem nem mesmo sentir uma única vibração sequer do ar, a ouvia. Nos seus olhos castanhos, ela chorava, sem derramar uma lágrima. Mesmo assim... escorria. Eu trocava de roupa, de idade, de anseios. Ela se despia. Arrancava fora quase tudo que podia.
Quantas vezes a olhava, e mesmo a vendo, não enxergava. E meu ego explodia. Cada um cultiva o seu como quiser. Enquanto eu deixava o meu crescer, freneticamente ela se debatia. Eu queria enxergá-la, mas estava cega. Nos deslumbramos com tão pouco.
Os anos passavam. As horas corriam. 
E ela continuava a me olhar. Até que um dia eu acordei. Então pude notar, que mesmo com o passar dos anos, ela se mantinha sã. Entre gritos e berros, a louca era eu, que estava em silêncio.


domingo, 25 de novembro de 2012

Exatamente nada


Creio que as vezes me perco em minhas próprias tentativas de encontrar respostas. Talvez todo mundo seja assim também. Desde que me mudei para o Rio de Janeiro, sinto que travo uma batalha diária comigo mesma, uma sede de se provar, não à alguém, mas a mim mesma. Sentir que é capaz, mas ainda sim perceber que algo a segura, não sei o que é, mas sinto e isso me frustra.
Sempre fui a pessoa que desistia de algo que queria muito. Assim foi com as aulas de música aos oito anos, com o basquete aos treze, com o inglês aos quinze, da banda aos 23... Acho que a única coisa de que nunca desisti foi da minha profissão, justamente quando todos falavam para eu deveria fazer outra coisa. Também nunca desisti da minha moral, o que eu chamo de moral? Meus valores como pessoa.
E as vezes, durante o curso de nossas vidas, somos absurdamente tentados a desistir dela. Tive uma criação baseada no respeito mútuo, nunca tive uma relação de medo com meus pais, mas de amor e admiração, me ensinaram que só devemos fazer aos outros o que gostaríamos que fizessem com a gente. É assim que enxergo o mundo, como um ciclo infindável, ação e reação. Pura física.
Mas aí você sai da sua redoma de vidro quase imperceptível. Você começa a sofrer um choque moral. Não é o mundo que é cruel, somos nós que tornamos ele assim. Aí em momento de desespero, depois de levar tanta "surra", nos achamos quase no direito de nos defender atacando. E um dia isso volta. A minha briga nunca foi com ninguém. Mas comigo mesma. Talvez vocês ainda não tenham passado por tudo isso. Vocês tem consciência do quanto difícil é crescer, se manter são e coerente consigo mesmo?
Lutar contra outros é fácil, se vira a cara, dá as costas e vai embora. Dorme. Esquece. Lutar contra si é olhar em seus olhos e saber que há algo de errado, é deitar a cabeça no travesseiro e não ter paz. Creio quem nem todo mundo tenha consciência de si mesmo, não estou falando que sou a pessoa mais consciente do mundo, ou certa, ou sã. Já desisti de tantas coisas, por que não desistir de mim mesma? Por que querer continuar indo contra o fluxo, contra o "mundo"?
Amadurecer é difícil. Por que quando amadurecemos, percebemos que não temos responsabilidade só conosco, mas com cada pessoa que nossas ações possam eventualmente atingir, de forma boa ou ruim. Esse ano posso dizer que foi um ano de aprendizado intensivo. Aprendi que por mais que me virem a cara nos momentos difíceis, ainda terei com quem contar. Eu nunca estive sozinha (e nem você está!). Há coisas de que me arrependi, tentei consertar, mas também aprendi que as vezes a melhor solução é o tempo. Desculpe se cometi erros, mesmo que tentando acertar. Aprendi que as vezes quem a gente menos espera é quem nos ajuda a levantar e que nos sentimos seguros demais, porém quando menos esperamos aquele tapete que protegia nossos pés do frio da lajota, desaparece.
Desistir? Não de mim. Hoje, mais do que ontem, sei exatamente quem sou, não crio falsas expectativas quanto a mim mesma, mas sei exatamente onde posso chegar. Quase um ano depois, entre boas lembranças e arrependimentos. Não mudaria exatamente nada.


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Mister T

Nunca falei do meu cotidiano né? Quer dizer, quem lê esse blog com tanta frequência quanto escrevo vai se perguntar "Ué? Nunca falou do cotidiano?". Na verdade não. Acho que muitos de vocês me conhecem mais por dentro do que por fora. É, isso ficou ambíguo, mas vamos deixar assim mesmo. Vocês conhecem mais o que penso do quê o que faço, e isso é bastante compreensível.
Depois de acordar, escovar os dentes tomar banho pentear os cabelos tomar café abrir a porta de casa fechar a porta de casa caminhar até o metrô ir em pé até o centro do Rio de Janeiro caminhar até o prédio da agência subir o elevador dizer "Bom dia!" ao abrir a porta ligar o computador e... ufa! Depois disso tudo, costumo ler alguns sites e blogs que acho interessante, antes de começar um dia de trabalho ultra hard punk. O assunto que está super em alta, tirando o Nana Gouvêa e gatinhos fofos, é a tal da "Geração T". "Mas, Ô Renata! O que diabos é a geração T?". Resumindo, é a nomenclatura usada para designar um novo padrão comportamental, onde essas pessoas são apenas "testemunhas", passivas e sem senso crítico. Salve o retweet e o compartilhamento!
Durante as últimas semanas li alguns artigos sobre essas tantas gerações que estão aí, de fato, essa modinha de falar sobre gerações deve ter sido lançada por alguma geração, que não é a gT, por que eles são "passivos" (hehehe). Mas se a gente parar pra pensar, isso tudo é preocupante. Por mais que tenhamos 25, 30 anos, isso não quer dizer que estamos fora de ser denomonado com um T. Talvez sejamos tão culpados quanto eles, por que o mundo de hoje é reflexo do que fizemos e criamos há uns anos. Baudrillard talvez estivesse certo... cada vez menos homem e mais máquina. Passamos de receptores à formadores de opinião e agora a retwettadores. Que sejamos filhos do pós-moderno, mas não babacas compartilhadores somente. Na minha época eu ia encontrar os amigos pra fazer música, tocar, fazer "firula" com a baqueta como diz uma amiga. Nos conectávamos com o todo, agora não passamos de cabos usb.
Isso me preocupa.
Os valores estão mudando, por um lado é bom. Agora somos mais conscientes(?), somos mais politicamente corretos(?) ou será que nos tornamos apenas mais hipócritas?


terça-feira, 25 de setembro de 2012

Pontos de Experiência


De alguma forma as coisas se perderam, e o que era para ser tão belo e colorido foi desbotando a ponto de ficar sem cor. Talvez pela perda de luz, pela perda daquele calor reconfortante. Ao colocar pela primeira vez os pés onde seria meu lar, senti que de alguma forma, a partir daquele momento eu iniciaria uma grande batalha, não com alguém ou algo, mas comigo mesma. Nunca pensei em viver de heroísmos ou aventuras, meu único objetivo sempre foi provar a mim mesma o quão longe podia chegar. Acho que os anos em que joguei RPG me inspiraram a nunca desistir, mesmo que você não tenha sorte ao rolar os dados, no final você sempre vai ganhar pontos de experiência.
Creio que em toda aventura, pior do que se ferir durante as lutas é perder um amigo para o lado adversário. Porém, todo grande guerreiro sabe que lealdade se prova com atitudes e não com palavras e que todos podem ter seus momentos de fraqueza diante as adversidades que o mestre impõe. Perder seu companheiro de aventuras é doloroso, mas pior que isso é se deixar vencer por medo de continuar lutando. Minha lealdade se mantem firme, meu coração continua aberto. Diferente do início, agora ando por terrenos desconhecidos e enevoados, mas isso não quer dizer que não alcançarei o meu objetivo. Ninguém disse que seria fácil, também nunca esperei que seria. Em todo caminho há perdas, mas também há ganhos, aqui se "perde" um amigo (mesmo que naquele capítulo), mas se ganha outros tantos. Essa história nunca foi só minha, mas sim de todos que ficaram ao meu lado em vários momentos.
De algum forma as coisas se perderam... para eu finalmente me encontrar.


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Uma nova esperança (e não é Star Wars!)


Essa semana tive uma experiência nova. Não, não usei drogas e nem fui em um puteiro ou algo parecido. Fui a um analista. É, um psicólogo. Nunca pensei que um dia precisaria, logo eu que sempre fui minha própria analista, ficava na frente do espelho, olhando nos meus próprios olhos em busca de respostas. Mas as vezes, por mais que tentemos enxergar, tudo parece estar encoberto por uma névoa densa, espessa e escura. Cheguei meia hora antes, a ansiedade me correndo por dentro, fiquei lá esperando até o analista aparecer. Fiquei minutos olhando o dispositivo ante incêndio e imaginando como seria se eu acendesse o isqueiro (que eu não tinha). Caos. Sim, seria um caos, um prédio de dezenove andares sendo evacuado por nada. E é exatamente assim que está a minha cabeça. Um caos, precisando ser esvaziado por absolutamente nada. Não que meus problemas sejam nada, mas a causa deles é, e nem deveria significar algo para alguém como eu.

Exatamente às sete começou a sessão, eu simplesmente não sabia o que falar, me senti no primeiro episódio de Adorável Psicose, quando a Natália Klein diz estar nervosa, que parecia primeiro encontro. De fato, é o que pareceu. Ele me perguntou se eu já tinha feito análise, "não", eu respondi. Perguntou a causa de eu estar indo, depois daí só foram lágrimas, é, eu choro também. Aliás, fazia tempo que eu não colocava pra fora tanta coisa. Conversamos sobre meus sentimentos e sensações, ele quis saber como eu me sentia com tudo o que está acontecendo. "Não sei", mais uma vez respondi e logo completei, "As vezes sinto ódio, as vezes amor e em certos momentos eu consigo bloquear e me sentir vazia. Mas é muito ruim essa sensação de vazio, de não sentir nada, mas não sei o que é melhor". Falei tudo o que tinha pra falar, fiquei olhando pra ele e ele pra mim, aqueles segundos pareciam eternos, ai senti mais uma crise de ansiedade se aproximando. "Respira" disse ele, parecendo que sabia o que iria acontecer. "E o quê você está sentindo agora?". "Ansiedade" disse eu. "Respira."
Depois de ficarmos ali algum tempo, fui me acalmando e realmente, a ansiedade passou. Mas a medida que contava toda a minha situação, aquele sentimento de revolta continuava a me desgastar.

"Aqui é um momento seu, pra falar de você" afirmou ele franzindo a sobrancelha. De fato, naquela primeira sessão falei muito pouco de mim. Ele me perguntou se me sentia culpada, respondi que não, por que realmente não me sinto culpada, mas com uma parcela de responsabilidade. Saí de lá. Acho que essa terapia vai me ajudar. Se não der certo, talvez eu tente uma nova experiência e vá a um puteiro ou algo parecido!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

200

Há exatos cinco meses, tomei a decisão mais importante da minha vida, creio eu. Me mudar para o Rio de Janeiro. Eu não tinha dinheiro, só o lindo sonho de crescer profissionalmente em uma cidade maior. Apesar de ser carioca, fui criada em Belém, no Pará. por mais que a cidade não seja tão pequena assim, ainda é provinciana, fazer trabalhos de graça para projetos me renderam nome, mas nenhum saldo na conta bancária. Com a ajuda de alguns amigos comprei minha passagem somente de ida, já que minha familia se opôs a minha mudança. Pela primeira vez em 25 anos de existência, eu estava fazendo algo por mim mesma.
Durante esses meses desde que cheguei, morei com uma "amiga", infelizmente não deu certo. Agora estou a procura de um lugar, alguém para dividir um apartamento. A questão de eu estar escrevendo sobre isso, é que durante essas duas semanas cogitei várias vezes voltar para Belém, eu tinha tudo lá. Será que vale realmente a pena se sacrificar por um sonho? Depois do desespero, de contrair uma gastrite nervosa e ter ataques de ansiedade, comecei a perceber que vale sim. Cheguei no Rio de Janeiro com 200 reais no bolso, a agência em que eu trabalhava quando cheguei aqui fechou, mas eu consegui um emprego melhor, que mesmo que me estresse, que não me dê uma vida de luxo, é por onde estou começando a escrever um capítulo novo na minha carreira como Designer e Diretora de Arte. Vale a pena por que escolhi uma família chamada Sugar Loathe Derby Girls, por quem me apaixonei. Então, vale muito a pena alguns sacrifícios. Meu sangue nordestino não nega, nunca me ensinaram a desistir,mas sempre aprendi que a estrada em que pisamos, somos nós mesmos que devemos construir. Posso ter cometido meus erros, com eles aprendi muito. Mas como toda boa sagitariana que se preze, sou uma otimista convicta, sempre enxergo o melhor, até mesmo nos momentos difíceis.
Acho que na verdade, eu estava precisando disso tudo, precisava acordar, abrir os olhos e perceber que estava me acomodando. Então muito obrigada. Por que agora, decididamente, ninguém pode me deter! Que venha o que tiver que vir. 

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Não vale a pena!

As vezes acho a vida muito injusta. Mas acredito que as coisas acontecem no momento que devem acontecer, nunca acreditei em acaso, não que tudo fique somente nas costas do destino. Sei que temos escolhas, e que essas escolhas podem determinar onde e quando iremos chegar. Porém, durante esse percurso muitas vezes fadigante, tudo parece muito injusto. Como se Deus tivesse se cansado de você e tivesse criado um labirinto interminável e cheio de armadilhas, onde muitas vezes é ''matar ou morrer''. 
Cresci ouvindo meu pai falar, "Minha filha, ninguém dá o que nunca teve" e "Plante o Bem hoje, para colher amanhã", sábias palavras do Seu Henrique. Essas duas máximas praticamente regem a minha vida. Sempre as trago na minha cabeça, principalmente em momentos de dificuldade.
Não sou o tipo de pessoa que guarda mágoa, mas as vezes é inevitável... E horrível. Quase como um gosto amargo na boca, engolindo tudo secamente. Mas saibamos tirar proveito até das coisas ruins. Briguei com a minha melhor amiga 2 vezes, deixamos de nos falar uns 4 meses, nos evitávamos, virávamos a cara, as duas feridas por dentro, morrendo de saudade, mas o orgulho não deixava a gente dar o braço a torcer. Até que um dia resolvemos nos perdoar e percebemos que éramos muito mais amigas do que pensávamos ser. No final foi bom, somos amigas, melhores amigas até hoje, por que sei que posso contar com ela e ela sabe que pode contar comigo, mas foi necessário sentirmos aquele gosto ruim na boca.
Porém, cada situação é diferente da outra. As vezes nem vale a pena sentir mágoa, as vezes é melhor deixar que a pessoa se vá e não olhar para trás. É, acho que esse foi o grande ensinamento do meu pai, só que aplicado. Ninguém pode ser amável se não ama, ninguém pode ser bondoso se não é bom. E ninguém, por melhor que seja a intenção pode mudar outra pessoa se esta não está disposta a mudar. É por isso, que depois de aprender da forma mais amarga possível, percebi que algumas pessoas simplesmente não valem a pena. E como toda boa história dá em música, acho que não tem música que descreva melhor todo esse episódio do que "Não vale a pena" na voz da Maria Rita. E como ela mesma canta "Que é uma pena, mais você não vale a pena, não vale uma fisgada dessa dor."

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Descontrolada

As vezes é absurdamente difícil ter controle de si mesma. Até um tempo atrás, pensava eu ser uma pessoa controlada, não que eu seja neurótica ou algo do tipo, mas as vezes perdemos o controle por nos controlar demais. Ok, isso parece um tanto irônico e insano, mas para mim, pessoas muito controladas, aquelas que não explodem de vez enquando, são as com quem devemos nos preocupar. Conheci muitas pessoas assim até agora, algumas mais e outras menos incoerentes, pessoas essas que se fechavam em um sua própria redoma de vidro e ficavam lá, implodindo. Sim, elas implodem, se auto flagelam físico e psicologicamente. Geralmente elas acham que estão no controle de tudo, mesmo que não estejam.
As vezes o descontrole é necessário, ninguém consegue ser 100% são durante a vida toda, por que no mundo em que vivemos, ser são é uma porta aberta para a loucura. Você que está lendo isso pode até discordar de mim, talvez eu mesma discorde daqui há mais ou menos 20 minutos, somos todos passíveis de mudanças, justamente essas mudanças que nos possibilitam sermos várias pessoas em uma só. Todos nós temos um diabinho e um anjinho dentro de nós, só que nem sempre eles são quem parecem ser, por que as vezes, o anjo pode ser muito mais cruel do que podemos imaginar.
O que isso tem haver com o auto controle? Muito!
Confesso ser uma pessoa bastante ingênua, costumo confiar e esperar demais das pessoas, até que elas me provem o contrário. Geralmente elas conseguem fazer isso e infelizmente eu continuo confiando e esperando delas até perder as forças. Tenho uma atração enorme por pessoas vazias, talvez seja por que eu transborde. Não, não creio ser melhor que ninguém, mas tenho plena consciência de quem eu sou e de até onde eu posso ir, não faço nada além do que eu não possa suportar e enfrentar de peito aberto. Mas não sou perfeita, e depois de aguentar muito eu sempre explodo, com mais ou menos intensidade, ai é como vomitar todos os maus sentimentos e ferir quem eu tiver que ferir (não fisicamente ok?), mas isso é o que me mantêm equilibrada, por que sempre depois de uma grande explosão, podemos ver surgindo novos sentimentos e oportunidades, diga-se de passagem o big bang, não que tenha sido tão bom, por que acabou nos criando, não que isso tenha sido bom, pelo menos não para o universo. 
Se algum dia eu feri você, isso serve para minhas ex namoradas, amigos e qualquer pessoa com quem eu tenha explodido. Eu não me arrependo. Você mereceu e eu mereci ter a oportunidade de recomeçar... enquanto você ficou ai... controlado!

terça-feira, 26 de junho de 2012

Eu não acredito em poesia


Eu não acredito em poesia. Mas já escrevi. Há muito tempo atrás, quando eu acreditava em amor. Quando não o conhecia. Quando ele não passava de utopia de um romântico qualquer... Eu escrevia poesia. 
Escrevia por aquele amor platônico pela professora de Língua Portuguesa ( que estaria decepcionada certamente se lesse este blog cheio de erros), escrevia pra garota popular do colégio que me tratava como merda por que eu era a nerd da sala e costumava transformar minhas divagações adolescentes em poema, por que naquela época eu não tinha contas para me preocupar, nem uma casa para manter e também era mais prático usar da licença poética para não ter que usar a pontuação de forma correta... Coisa que não faço até hoje.
Confesso que atualmente não consigo ler nem um bom poema sem achar um saco; desculpe-me Camões, Neruda e milhões de poetas que deixaram as mais doces palavras de amor eternizadas. Talvez seja por que eu tenha perdido a capacidade de acreditar. "Amor é fogo que arde sem se ver"... mais uma vez peço perdão ao poeta português, por que para mim esse sentimento se assemelha mais as palavras de Augusto dos Anjos, "O beijo, amigo, é a véspera do escarro". É muito mais real, é muito mais humano.
Amor dói, fere e amarga o beijo mais doce com mentiras bobas. Isso é amor? Por que é isso que leio nas entrelinhas de cada verso. Que diabos de sentimento é esse que nos destrói? Que nos implode e divide?
Poesia é como se cortar com papel afiado. Sangra e derrama... E no final acabamos todos manchados.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Sobre a importância das coisas



Diga-se de passagem, que o ser humano não passa de um poço de egocentrismo barato. Movido a desejos, este se deslumbra com coisas banais, capaz de lhe satisfazer por pouquíssimo tempo, negligenciando o que de fato lhe seria relevante.
Cegos, surdos e incapazes de raciocinar o verdadeiro sentido das coisas, de suas próprias palavras, ele se deixa levar por inúmeras situações, se auto rotulando, tolindo a si próprio. Delimitando seu próprio carcere diante ao que a sociedade (de que faz parte e ajuda a alimentar) lhe impõe como certo e errado. Não passam de marionetes de um sistema corrupto, que eles mesmos insistem em manter de pé, por pura hipocrisia ou talvez por medo de admitir seus próprios erros.
Como crianças amedrontadas em frente a um "pai" com o cinto na mão, estes preferem se ater as mentiras, à seus erros, e as máscaras que não retiram nem diante do espelho. É muito mais fácil não sentir culpa, quando começamos a acreditar em nossas próprias mentiras. Mantendo-se ignorantes diante ao que realmente importa, criando em suas cabeças seus próprios mundos, vamos caminhando assim, gritando ao mundo que o egoísmo não passa de auto proteção, e não de um câncer prestes a leva-los a óbito.

domingo, 6 de maio de 2012

O Obturador

A insistência é a maior prova de otimismo. O ato de não se deixar vencer diante dos obstáculos da vida, diante as provas impostas pela vivência com outras pessoas e principalmente consigo mesmo. As pessoas tem uma visão deturpada do que é certo e errado, isso as fazem ter uma visão distorcida de si mesmo. O que seria do olho humano se não um grande espelho interno, onde vemos refletido no mundo nossas próprias imperfeições?
E não obstante, nos vemos presos em nós mesmos, inertes, cômodos e cegos. Como um obturador fotográfico, os olhos tem a sensibilidade que lhe convém em determinados momentos. Tanto pode deixar que toda luz entre, o fazendo ofuscar, como pode fechar-se por quase completo e apenas ver o que lhe acha propício. Porém, aos que com prática conseguem encontrar o ponto exato para que a luz o mostre as mais lindas cores e formas da vida.
Esses poucos sábios são os que jamais desistiram, todas as vezes que deixaram entrar luz demais ou que se fecharam na escuridão de seu próprio ego. Como heróis sempre prontos para boa batalha, sempre de mãos limpas e rostos sorridentes, enquanto o resto do mundo chora sozinho.
Minha vida é uma eterna reflexão de mim mesma, isso pode soar como egoísta, mas pelo o contrário, seria egoismo deixar que os demais convivessem com alguém acomodado com seus próprios defeitos. Minha visão do mundo é o reflexo do meu relacionamento comigo mesma. Não irei enxergar um lindo dia, se meu coração está envolvo a neblinas, da mesma forma que posso encontrar beleza em dias chuvosos se por dentro continuo sorrindo e confiante.
Há quem ache estúpido ser otimista, pois dizem que devemos ser realistas, mas a realidade é transformada por nós, e como senhores de nossa própria realidade, cada um a transforma, cada um sabe o quanto de luz precisa entrar.

domingo, 8 de abril de 2012

Season Finale?



Sabe quando a temporada do seu seriado favorito está quase no final? Quando as histórias de cada um começam a tomar rumos diferentes? Aí de repente aqueles personagens que você adorava se vêem obrigados a viajarem para outra cidade, seja por uma bolsa em uma faculdade ou por uma proposta de emprego, até mesmo por um amor... Todo enredo precisa de início, meio e fim. Por mais que a história gire em torno de um personagem ou de um grupo de personagens, em cada "season" eles passam por experiências que irão desencadear outras histórias paralelas, o que muitas vezes os fazem seguir por caminhos diferentes.
Estou sentindo que uma temporada da minha vida está acabando, alguns personagens que me acompanharam por tanto tempo estão seguindo seus próprios caminhos. Há quase 4 anos atrás iniciou esta temporada que está chegando ao final. Nela eu conheci Monique, Raissa, Brenda, Igor e Kath. Com eles eu vivi as maiores loucuras da minha vida, aprontamos, aproveitamos e amadurecemos juntos. Passamos por situações difíceis e nos apoiamos. Nesse meio tempo outros personagens apareceram, como o Eraldo, Nelson, Donato e Tony. Depois de tanto tempo, de tantas experiências vividas, estamos nos despedindo. Vocês foram a família que escolhi e não é por estarmos seguindo caminhos diferentes que iremos deixar de ser. Mesmo assim fico feliz por todos estarem no caminho que parece ser o certo, em buscar de seu próprio final feliz, seguindo em seu próprio seriado particular.
Monique Malcher está se tornando uma das melhores jornalistas culturais do estado. Raissa Daguer, se formou em Jornalismo e conseguiu passar na pós-graduação da PUC-PR. Brenda Pina, se formou em Terapia Ocupacional e está fazendo residência em Curitiba. Igor Ferreira, se formou em Direito, mas está buscando realizar seu sonho de ser crítico de Cinema. Kath, planejando se mudar para Floripa.
Assim está terminando essa temporada, mas não é por isso que não possam aparecer nos próximos episódios.
Na próxima quinta feira, vou começar uma vida "nova", em um cenário novo, com novos personagens, com novas experiências... Então, pra vocês que estão chegando agora. Sejam Bem-Vindos! E para vocês de que estou me despedindo, até em breve.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Umbilical



Sei que deixei esse blog de lado por quase dois meses, foi inevitável, só estava protegendo vocês de mim. Sim, quantas vezes escrevi besteiras aqui. Quantas vezes disse que iria mudar e não mudei. O fato é, que agora realmente mudei. Há 2 meses atrás eu estava com medo das mudanças, medo daquela viagem para o Rio de Janeiro, medo de voar de avião, medo de não me adaptar. Pois então... tudo mudou.
De fato eu me adaptei, já estou encarando o medo de altura com mais coragem e aquela tal viagem conseguiu mudar a minha vida. O medo das mudanças? Ele persiste, mas de forma diferente. Eu nunca tinha me encontrado até então, se bem que acho a metáfora do adormecimento muito mais interessante nesta ocasião. Isso, eu estava adormecida. Enquanto conhecia a cidade, entre os prédios antigos e a bela paisagem, acordei. Mas não foi só por causa disso, tive a sorte de conhecer pessoas maravilhosas, que se tornaram amigas. Pude conhecer melhor a minha irmã, mesmo que tenham acontecido algumas brigas, coisa de irmão mesmo, agora sei por que tanto a amo, por causa das nossas diferenças e do nosso amor incondicional por nossos pais e irmão.
Não sou o tipo de pessoa que acredita em "acaso", mas acredito em sinais, o que pode parecer bobagem, mas  foda-se quem nunca acreditou em algo além, eu acredito que todos estamos predestinados a algo, mas cabe a você escolher onde e como quer chegar. Você pode optar por caminhos mais fáceis e chegar no mesmo lugar de quem escolheu o caminho difícil, só que muito mais rápido, porém, você vai perder o principal, a jornada percorrida, as experiências vividas e a lição final não será compreendida em seu total. Creio que os anos que passei jogando RPG me ajudaram bastante a não ter tanto medo de travar batalhas e percorrer caminhos desconhecidos.
A respeito dos sinais... Sempre quis ir embora de Belém, não que eu não goste daqui, mas sou realista e vejo que a cidade me impõe limites. Meu propósito de vida nunca foi existir e sim viver, não quero estar presa a algo ou alguém que venha a me tolir pelo o que sou, no caso, sou um ser em transformação, de forma constante e plena. Ano passado tive a oportunidade de ir para o Rio Grande do Sul, acabei não indo, e troquei a palavra medo por "precaução" mas não mudei o sentido. Agora em menos de 6 meses tenho outra oportunidade, mas dessa vez eu estou me despindo de meus temores, empunhando minha espada, pronta para uma batalha, que seja boa, épica e legen - wait for it - dary!
Cortar o que nos une a familia, sejam laços econômicos ou afetivos, sempre é doloroso. Como se tivesse passado a vida inteira com 2 anos de idade, nos braços de seu pai e agora quisesse descer e correr em campo aberto, sem saber se vai haver alguma pedra para te levar ao chão. Não por acaso, nesta viagem eu comecei a treinar Roller Derby com a liga carioca Sugar Loathe Derby Girls. O Derby não é somente um esporte, é um estilo de vida, e uma das coisas que aprendi nesse tempo treinando com elas, é que em algum momento você vai cair, na verdade sempre vai cair, mas quando acontecer, levante-se o mais rápido possível, você sempre vai ter alguém que te apoie, mas cabe a você levantar sozinha.
Como eu disse, talvez se não tivesse passado por tantas coisas durante minha vida, pelos meus traumas de infância que afetaram minha adolescência, mas que no final me tornou uma mulher mais forte, se não fosse por todo o caminho difícil que passei, hoje eu não seria quem eu sou, de fato eu seria alguém, não que seria pior, mas seria diferente.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Bird


Existem momentos na vida que você acha que está fazendo a coisa certa. As vezes você realmente está, já em outras, está completamente enganado. Isso não torna você uma má pessoa. É como diz aquela frase "Melhor se arrepender do que fez, do que não fez.", absolutamente verdade, mas isso não quer dizer que você não é ingênuo demais, a ponto de mesmo enxergando que está errado, continua a errar com a esperança de um acerto futuro.
Creio que este seja o primeiro ano, que escrevo um post pós carnaval que não fale de alguma experiência maluca minha. Mas é que neste ano, esse ano está sendo diferente, já começou diferente. Estava tudo no lugar errado, e eu que achava que queria estar em outro lugar, estava absolutamente enganada.
Quantos pássaros na gaiola almejam por liberdade, porém ao se verem livres, sentem falta de seu puleiro? E é exatamente está a máxima que resume 25 anos de vida. Neste momento, gostaria de estar na gaiola, na MINHA gaiola!

sábado, 21 de janeiro de 2012

Ansiedade [ MODE ON ]

Medo. Essa é exatamente a palavra que descreve o que sinto quando penso em entrar em um avião. Não sou o tipo de pessoa que tem medo de tudo, mas tenho os meus temores, que geralmente consigo controlar. Mas a coisa muda quando se trata de "altura".

Parece idiotice, e sei que muitos que vão ler isso aqui vão pensar "Mas que garota idiota!", então para você eu ligo o "foda-se", por que se fosse algo que eu pudesse controlar, nem estaria escrevendo neste blog às 00:21 da madrugada, perdendo uma noite de sono, pois vou ter que chegar ao aeroporto às 04:00, e enfrentar um vôo Belém-Rio de três horas! Sei que deve ter muita gente que assim como eu sentem pavor de voar. Tenho meus motivos, mesmo que não pareçam tão racionais, SIM! EU TENHO MOTIVOS!

A verdade é que não subo nem no terceiro degrau da escadinha para trocar uma lâmpada, assim como não subo escadas rolantes quando estão desligadas, é como se um filme de desastre fosse acontecer no exato momento em que eu pisar o terceiro degrau. Acho que tenho graves problemas com os terceiros degraus, mas isso não é preconceito com o número, nem supertição, antes fosse, talvez assim eu parecesse alguém mais normal e menos idiota.

Nem sei por que estou escrevendo aqui, acho que precisava desabafar, mas se isso faz vocês felizes podem rir da minha cara, quando eu colocar no meu status do facebook o quanto o vôo foi perfeito e como foi maravilhoso viajar 3 horas ao lado de uma gata com aquelas coisas polêmicas de que tanto admiro, ou simplesmente por falar que cheguei viva lá do "outro lado". Pois bem! Desejem-me sorte!

sábado, 14 de janeiro de 2012

Do meu ponto de vista...


Acabei de sair de uma discussão com um amigo, espero que depois dessa isso não afete a nossa amizade. Não sou o tipo de pessoa que se cala diante de algumas situações, principalmente quando se trata de um dos teus melhores amigos. Acho que amizade verdadeira é quando você fala o que tem que falar, independente do que seja, tens que ser sincero com aquele que tu chama de amigo. Aliás, para mim - e que isso fique bem claro que é uma opinião pessoal – amizade não é só sair pra beber e dizer que ama alguém, por que ele é legal contigo. Descobri quem eram os meus amigos quando eu estava fudida, no fundo do poço, quando ninguém mais tinha saco de escutar meus lamentos, e tive certeza da amizade quando escutei que eu estava errada, que eu deveria mudar minhas atitudes. E doeu muito. Cheguei a me revoltar, mas no final, percebi que tinha ouvido a verdade. E a verdade realmente é dolorida.

Amizade é que nem casamento, só não tem sexo, quer dizer, algumas até tem, mas a gente sabe que é de brincadeirinha. E também tem muito ciúme, por que assim como o casamento, envolve amor e sentimento de posse, é o que deixa tudo bem complicado. Mas acho que com o passar dos anos a gente vai aprendendo a lidar com isso. Às vezes lembro as duas vezes que parei de falar com a minha melhor amiga, cada vez dessas duraram de três a quatro meses, confesso que sou extremamente cabeça dura e tenho a personalidade super forte, e luto pra dominar isso, não que esses traços sejam defeitos, mas também não são qualidades.  Senti tanta falta dela nesse meio tempo, que quando fizemos as pazes não teve como não cair no choro.

Sabe, depois de refletir aqui na companhia de minha massa cinzenta, acho que fui um pouco dura com ele, deve ser por que eu sinto muita falta dele todos os dias, e pelo fato de não poder ir visitá-lo como eu gostaria, já que agora moramos em lugares opostos no país, e pelo ciúme que eu sinto dos novos amigos dele. Eu sei, é egoísmo meu.  Nem vou dizer que o motivo é por eu ser humana, isso é desculpa para continuar cometendo os mesmos erros. O problema não é sermos humanos, é nos contentarmos em sermos sempre os mesmos. O que nos diferencia dos animais não é inteligência em si, mas nossa capacidade de controlar nossos impulsos. E eu ainda não sou muito boa nesse sentido!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Soltando a franga da Xuxa


Neste momento, neste exato momento, estava eu procurando alguma música legal e descolada pra ouvir, algo pra me deixar mais feliz, mais pseudo-periguete, tem dias que a gente sente vontade de bater cabelo e como dizia a Xuxa nos anos 80, “soltar a franga”. Puta que pariu, soltar a franga Xuxa? Você está certa disso? Seria tipo ir a uma granja e abrir o portão, ou pra você soltar a “franga”, tecnicamente você teria que “ser uma galinha”. É, acho que isso está dentro da ciência da “periguetagem” não é? Nossa, quantas aspas para eufemizar as coisas! Isso por que ainda não fiz nem o uso do famoso “êêêêêêê”, recurso esse muito utilizado para amenizar verdades constrangedoras que às vezes simplesmente sai. Por que para nós irônicos e sarcásticos, nada melhor que um “êêêêêêêê” depois de uma trollada fatality  em cima de alguém que você só finge suportar, amigos que você não quer machucar e ex namoradas indesejáveis, mas que você não quer tirar da jogada por que era boa de cama – Mãe, não leia isto ok?

Mas voltando a questão - que não era exatamente a franga da Xuxa - percebi que não tenho muitas músicas felizes no meu “personal computer”. Isso quer dizer que eu seja infeliz? Ou que simplesmente eu seja um pé no saco da sociedade, por que acreditem meus amigos, até mesmo as mulheres podem ter sacos hoje em dia, há jogadores de futebol para provar isso! Procurei bastante entre meus acervos de folk, bluegrass, indie e cheguei à conclusão de que sou emo, tirando a franja lambida e a maquiagem borrada, os cortes nos pulsos e a vontade incontrolável de morrer, sei lá, isso era brincadeira ok? Já passei dessa fase, aliás, se eu fosse emo de verdade aos 25 anos, seria o mesmo que assinar um contrato vitalício de Forever Alone.

Fiquei olhando por um bom tempo minha playlist e percebi o quanto sou preconceituosa, e deve ser por isso que já estou há um bom tempo sem namorar, por que basta a garota dizer que gosta de sertanejo universitário para eu esquecer seus lindos olhos e suas grandes partes polêmicas, se é que você entende de memes de internet! Mas quer saber? Vou começar a me permitir, preciso começar a ouvir algo além de rock e coisas que me lembrem algo como uma vida passada nos anos 50. Porém que fique bem claro, vou continuar a ouvir MÚ-SI-CA, e nesse caso vesguinho nenhum entra no meu set ok? Mas quem sabe um I-Lari- Lari- ê?

domingo, 8 de janeiro de 2012

Feliz fim do mundo!

Incrível como nada acontece como a gente espera, quando estamos namorando sempre aparece um monte de gente querendo ficar com você, quando está solteira e jogada as traças, não surge uma alma sequer! Quer dizer, no meu caso até que surge, mas não as almas com seios e pernas... Eu sou gay ora bola! E tudo o que aparece são homens.
Por dia me adicionam pelo menos uns 2 homens, isso dá uma média de 60 homens por mês, vejam só, se eu gostasse seria uma sortuda, mas não gosto. É sempre o mesmo papo, me adicionam, eu aceito por que conheço um monte de gente que nunca lembro o nome, e deixo lá, tipo...lá mesmo, por que se eu conhecer metade das 500 pessoas que tem no meu facebook é muito, e eles ficam lá, fazendo número e lendo as merdas que eu posto, por que rede social hoje em dia é pra isso mesmo, é pra falar M-E-R-D-A!
Aí o cara puxa assunto no chat, pergunta se eu to bem, o que ele pensa? Que eu vou me abrir pra ele assim? Do nada? Nem sei quem ele é, e ele se acha no direito de conhecer como eu me sinto de verdade? Eu respondo que sim, né? O que é que eu vou falar? “Não estou bem, preciso de 300 reais pra pagar minhas contas, tu pode me emprestar”?  Enfim, eu não respondi mais nada e o cara solta que é 2012, que o mundo vai acabar e me convida pra beber. Muito bonito pra sua cara. Eu bebo, e bebo mesmo, sou de ir pra festa e beber tequila, chupar o limão e ainda por cima, depois de umas doses ainda tento usar o limão chupado pra comprar mais tequila, isso tudo antes de dormir no sofá ou em um dos boxes do banheiro! Mas não foi isso o que eu falei. Óbvio.
“Estou tentando deixar de beber.” Ora, fui uma lady.  Fora esse, tem os que vem me cutucar, os que adicionam e ficam me stalkeando que eu sei, aí quando eu posto alguma coisa vem puxar assunto como se me conhecesse há anos. Eu bato palmas para vocês meus queridos ocupantes de espaço no facebook, como vocês são criativos. Nem se eu gostasse eu sairia com vocês, não oferecem nem um big-big antes?
A questão é que a tal da lei de Murphy tá aí pra isso... Ferrar com as nossas vidas. Enquanto as meninas não começam a me adicionar, eu aproveito pra rir da cara dos homens. Ah! Feliz 2012 pra você também!