quarta-feira, 30 de março de 2011

Vão



"É, as coisas costumam ser difíceis."
Pra falar a verdade, eu já fui bastante diferente. Há alguns anos eu costumava virar a cara para as coisas, colocava a culpa no "sistema", coisas de adolescente rebelde, acho que todo mundo passa por isso, quer dizer, algumas pessoas permanecem assim. Eu queria as coisas, apenas queria, eu não corria atrás, acha vaque uma hora as coisas iriam dar certo, e assim o tempo ia passando, manso, me deixando cada vez mais frustrada.

E ai a vida foi me dando surras, uma atrás da outra, me dando pessoas, que eu aprendia a amar e depois as tirava de mim. E foi me tirando outras coisas, inocência, preconceitos e coisas que me prendiam à um pensamento limitado. Naquela época, era revoltante, doía, não que não doa mais, dói, sempre dói. Triste daqueles que pensam que a vida é um sonho. Não que não possamos sonhar, alias... Devemos! É o que lá no fundo nos move.

Então depois de tantos tapas na cara, resolvi deixar de ser teimosa, me permiti crescer e ver as coisas de formas diferentes. Comecei a construir meus próprios sonhos... Não sei por que estou dizendo isso, é só uma reflexão. 

Talvez seja, por que em menos de 3 anos, passei de baterista de banda de rock, aspirante a tatuadora à designer tentando construir uma carreira. Já não tenho tanto tempo para fazer as coisas que gosto, já não consigo mas sair como antes, não tenho forças na maioria das vezes. Mas continuo a sonhar, e quando eu chegar onde eu quero, tenho certeza que lembrarei de onde eu sai, por onde eu passei e saberei que nenhuma perda ou sacrifício foi em vão.

Nada é!