sábado, 24 de janeiro de 2009

Felicidade?


Ai, não sei o que eu tenho ultimamente, mas parece que mesmo que eu tente fugir de lembranças, elas me perseguem. Há alguns dias atrás, antes de dormir resolvi ler um pouco, e já fazia algumas semanas que minha prima tinha me dado um livro de crônicas contemporâneas, e uma delas me chamou realmente atenção, o titulo era “Receita de Felicidade” de Ivan Ângelo, ele diz que é quase impossível ser feliz antes dos 30, vocês entenderam? Quase! Ou seja… Ainda tenho certa possibilidade de ser feliz antes dos 30, e eu com os meus 22 anos de estrada, às vezes sinto que será difícil chegar aos trinta. Ele cita que vícios e felicidade não combinam.

Bem, confesso que estou controlando os meus vícios, alias, tenho certa queda por álcool desde minha infância, não que meus pais permitissem, mas creio que eu era uma criança extremamente astuta, e consegui burlar os olhares de adultos, lembro – me de certo porre que tomei aos quatro anos, e lembro que peguei escondida uma garrafa de cerveja, só lembro de borrões de luzes, mais enfim. Voltando ao assunto, estou fora de “alguns vícios”.

Manter sonhos ajuda muito à chegar a felicidade, quanto à isso, acho que não terei problemas, uma das frases que mais escutei durante minha vida foi: Você sonha alto demais! E como sempre eu dava aquela olhada de canto de olho e respondia – Melhor sonhar alto, por que se eu conseguir realizar a metade, com certeza será muito mais do que você possa conseguir.

E como uma boa sonhadora, sonho em ter filhos, e como autor  fala “Filhos, é melhor que sejam bem educados. Dão mais gosto”, ah sim! Pretendo ter filhos.

Casar?

Bem… Talvez!

Porém, existe um fator decisivo.

Um amor, alguém para abraçar, dividir coisas e acima de tudo construir. É ai que está o meu problema! Não tenho muita sorte com relacionamentos. E às vezes me acho antiquada demais, as pessoas parecem procurar alguém para pisar nelas e não alguém que as ame e que queiram construir algo, uma vida.

E por fim. Trabalho. Para ser feliz precisamos fazer algo de que gostamos. Eu estou fazendo, e ser designer não é tão fácil. E muitas pessoas já falaram pra eu mudar de profissão por que design não dá dinheiro. Aff! Quanta ignorância. Para essas pessoas tenho uma frase a citar dessa crônica.

“Dinheiro não traz Felicidade? Pode ser, mas não atrapalha. Ruim é desgraçar-se para tê-lo”

E o que isso tudo tem haver com as minhas lembranças? É que eu pensei que tinha alcançado a felicidade antes dos 30… e tudo foi pelo ralo há alguns meses. Algumas pessoas mudam… e outras não!


foto: rê caraih

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Rolando os dados


Há alguns anos atrás...

- George preciso da sua ajuda!

- Por que John?

- Acho que em breve perderemos o nosso domínio, principalmente dos estados do sul, então acho que devemos intensificar nossas alianças antes que esse tal Obama faça! – Falou McCain em tom de preocupação.

- Realmente...Você tem toda razão, meu pai já havia me falado da facilidade que ele tem em conseguir aliados. Não podemos perder mais um território.

- A popularidade dele na América Latina é imensa, a Europa está empovorosa, até o Japão já se rendeu a ele, em breve sinto que a China também fará parte de suas conquistas...

- Mas lembre-se, o Iraque é nosso, a Guerra é nossa, enquanto tivermos exércitos suficientes pela região do Oriente Médio, estaremos com esse “jogo” na palma de nossas mãos. Você não lembra que sou um Bush? Não sei o que é derrota. Você é um dos meus, relaxa, você já ganhou! – disse Bush filho arrogantemente.

- Ok! Vou confiar em você.

Alguns minutos depois...

- Sua vez Barack...

- Três Exércitos pretos contra 2 exércitos vermelhos em New York. – os dados rolam, e o jovem Barack conquista todo o território norte americano... – Agora vou atacar Vladivostok através da linha pontilhada do Alaska... Eu falei que era bom de War!

- Putz George... espero que você não seja tão ruim  de estratégia se vier a ser presidente dos EUA! (¬¬)

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Ela não sabia amar


Ela não sabia amar, nem se poderia amar.

Pensava somente em si mesma, passava dias e noites escrevendo sobre algo que desconhecia, fantasiando tudo aquilo que lemos nos contos de fadas e que no fim das contas só serve para quebrarmos a cara. Lia montanhas de livros tentando entender o que não sentia, e compreender o porquê de relacionarem tal sentimento com dor! Por que pessoas dizem matar por amor? Por que algo que traduzem como “divino” as fazem chorar?

No fundo ela só queria sentir... mas não sentia.

Passava horas olhando para o teto, em busca de respostas, mas nenhuma caia do céu em seus braços. Tentava achar lógica para o que não existia razão, e equacionar a emoção.

Beijava bocas, sentia curvas, se deliciava com vários gostos, e nenhum realmente a fazia sentir.

Ela tinha medo, temor do que desconhecia, ou talvez já tivesse conhecido, porém... esquecido.

Se protegia atrás de uma máscara, uma névoa ao seu redor, impenetrável. E quando percebia que estava em perigo, Ela simplesmente fingia que nada podia a tocar.

Ela não era tão egocêntrica, nem egoísta como em seus auto-retratos, muito menos tão fria e gélida. Na verdade existia um coração ardendo por trás de palavras tão técnicas e piadas sem nexo. Existia alguém com todas as perguntas respondidas, mas que as escondeu em algum lugar, para Ela mesma não achar.

Na verdade... Ela amava demais!

sábado, 17 de janeiro de 2009



Sorte não é algo que se mude 
como cartas de um baralho prontas para jogar
Sorte e amor se confundem
como a água barrenta do rio e a azul do mar

A primeira me ensina a viver
das quedas levantar e assim sobreviver
mas a segunda só faz me confundir
embaçando meus sonhos e caminhos a seguir

Amor se mistura com desejo
e a sorte...
Essa eu misturo com sarcasmo
No arder letal de um doce beijo
Ao escorrer do sangue trágico.


foto: rê caraih



sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Eu não sei mentir!


Eu não sei mentir.

Não no sentido real da coisa, claro que todos sabem mentir, bem ou mal, mais sabem.

Mas não sei ser irreal.

Acabei de me contradizer? Talvez!

Sei lá... Posso mentir, mais ser irreal, jamais.

As vezes minto pra mim mesma, digo que é apenas atração física, que meu coração está batendo forte devido algum susto que tomei com algum vídeo idiota do Youtube, mas não confesso nem pra mim mesma que perco o fôlego por ter lembrado da pessoa que me encanta.

Posso até falar que fiz um Strike jogando boliche online ou “fazer média” por fazer uma virada na bateria que eu nunca havia conseguido. Posso contar que cortei o cabelo pra ficar mais bonita e fazer caras e bocas na frente do espelho, como uma atriz em filmes eróticos, e fingir que sou extremamente sexy.

Certa vez disse que tinha estudado a tarde toda, falei isso tantas vezes no mesmo dia... que quase se tornou verdade.

Você pode até estar confuso. Sim! Você mesmo, leitor dessas linhas “sem sentido”.

Eu não sei mentir.

Por que toda vez que minto, uma pessoa não acredita em mim!

Eu mesma!