domingo, 30 de janeiro de 2011

1 mês e 15 dias

Um mês e quinze dias. Tempo é algo que passa e vai deixando tudo pra trás, lembranças, sonhos, pesadelos e tudo mais que pode fazer parte de nós. Precisamos nos vender, isto é fato, nos vendemos por tão pouco, um pedaço de pão, um hambuger anemico e um copo de coca-cola 300ml. É isso, nos vendemos por cartões de crédito, por calças skinny, por óculos coloridos, nos vendemos a moda setentista, aos carros do ano, a falsa posição na sociedade de consumo, à um diploma de faculdade, a coisas que nem precisamos para ser feliz, mas nos vendemos, por que? Por que somos animais treinados, não atendemos à um dono, atendemos ao o que achamos que é "normal", ao que nos dizem ser normal e o normal hoje em dia, é se vender. É fumar o cigarro mais caro, é beber a cerveja mais cara, é comprar a roupa mais cara e da moda, é frenquentar restaurante francês, é saber comer com hashi, é dizer que é a favor da legalização da maconha, é fumar essa maconha, é pagar 50 reais para ir em uma boate e ser exposto como um pedaço de carne em um açougue.
Ninguém é sexy por ler Dostoiévski, por assistir Coppola, por admirar Frida Kahlo, por comprar livros, frenquentar sebos, colecionar quadrinhos, por não fumar, por não beber, por se alimentar direito, por abominar tudo o que citei no primeiro parágrafo. Ninguém é o marido ou a mulher perfeita se não usa decote, ou se não tem músculos, por usar all star quando "deveria" usar salto ou por ter um quarto decorado com coisas de HQ aos 24 anos.
Nossos pais nos ensinam as coisas certas, por um tempo acreditamos neles, acreditamos no que é certo, ai vem um monte de informações "certas" e acabam com o trabalho de anos, que eles tiveram para nos educar. Nossos professores passam 9 anos, infância e adolescência de nossas vidas, tentando nos mostrar que a inteligência ainda é o que move este mundo, para esquecer-mos isso em minutos. As vezes parece que tudo é em vão. Mas quando se chega aos 24 anos e começa a perceber que tudo o que negamos era o certo de fato, a única palavra que se encaixa na nossa descrição de ser humano é: IDIOTA!