quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

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Sigo as coordenadas que o destino me deu
aqueles numeros que o amor perdeu
e agora eu deixo solta as possibilidades
Deixo livre meus sentimentos
e o unico que permanece preso é a saudade!
Quando nossos destinos eram no mesmo lugar
nossos sonhos não passavam de um
e buscavamos o que queriamos encontrar
Deixamos para trás o nosso paraiso
e onde a felicidade morava, agora não está.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Consagrada a Deus




Hoje não estou escrevendo por mim. Na maior parte do tempo somos egoístas a ponto de somente ver nossos próprios problemas, como se o mundo fosse o coadjuvante, como se o sol girasse sobre nossas cabeças cheias... De nós mesmos! Crescemos em uma sociedade que nos ensina ver só o que queremos ver ou ter, desde que nos entendemos por gente, nossa familia não passa de quem mora conosco, mãe, pai e irmãos, no máximo avós e aqueles tais personagens que aparecem com o nome de tios e primos se tornam figurantes de nossas trágicas novelas.
Não nos damos conta do quanto alguém representa até estar perto de perde-la e outros somente quando já não há volta. Existem coisas que para muitos é banal, mas que para você mesmo vale mais do que um milhão em moedas de ouro. Devem estar se perguntando por que estou falando essas coisas, já que não é sobre mim. Eu só tive duas festas de aniversário em família, meus três e cinco anos, depois daí, meus pais nunca mas fizeram nada para comemorar o dia em que nasci, sei que não foi falta de importancia, mas vocês sabem que vida de militar não é fácil, meu pai passou doze anos sem aumento, enfim, a questão é que sem festa, o resto da minha familia nunca lembrou do meu aniversário, sem presentes, sem ligações, exceto de uma pessoa, minha tia Beth.
Todo ano ela ligava, me dava os parabens e dizia que confiava em mim. Quando meus pais não aceitavam o fato de eu ter uma banda de rock, ela falava pra eles que eu tinha nascido pra ser artista, quando fiz meu primeiro show, ela não pode ir, mas vibrou, enquanto todos colocavam em questão o fato de eu ser designer, ela dizia que eu tinha talento, e que era pra sempre acreditarem em mim. Aos 14 anos eu fazia parte do clube dos poetas paraenses, uma poesia minha foi publicada, e advinhem quem estava na noite de autógrafos fazendo papel de tia orgulhosa, ela., minha tia Elizabeth.
Dedico esse post a ela. Com certeza alguém que sempre acreditou em mim e que sempre irá acreditar. Ela está lutando contra o câncer, no mesmo hospital em que nasci, no Rio de Janeiro. Hoje recebi a notícia que as coisas não estão bem e cá estou eu, chorando na frente do computador, me lamentando por não ter dito que a amo, e que agradeço toda a confiança que ela deposita em mim. Espero ter a oportunidade de falar isso a ela.

Sabe tia, minha tinha Beth, por mais que eu nunca mais receba aquele telefonema na manhã do dia 30 de novembro, sei que a senhora não irá esquecer de mim... jamais. Eu te amo...


foto (album de família):
Noite de autográfos no IAP
mamãe, tio Frank, tia Beth,
eu, tio Edson e prima Leila.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Vinte menos um


Sempre que acordo passo um tempo lutando para voltar a dormir, geralmente me desperto antes de compreender o meu sonho, seja ele bom ou ruim, sempre tento voltar e entender. Sei que assim que meus pés tocarem o chão frio, irei esquecer de grande parte do que vivi naquelas rápidas oito horas de sono. Muitas pessoas falam que sou chata e irritante, é, talvez eu seja sim, por quê o que me move não são as respostas, mas as perguntas, sempre busco o "Por que" das coisas, o seu real significado, seja sobre uma teoria ufologica após assistir Arquivo X, ou sobre um simples sorriso da balconista que me atende no barzinho de sempre. Acontece, que sem mesmo falar, muitas pessoas dizem o que com palavras não conseguiriam dizer. É assim nos sonhos. Só que em vez de falarem para nós, tentamos insistentemente nos mostrar algo, nem que seja algo que em nossa realidade seja banal.
Gostaria muito de um dia finalmente entender meus sonhos, queria poder analisar todos eles, principalmente os que me deixam com aquela sensação de que algo irá acontecer. Pode parecer loucura, mas todos nós somos um livro criptografado.


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Quem dirá!


Ah e quem dirá

Que nunca quis brincar o carnaval

E agora se perde pra lá e pra cá

Entre os sambas e choros

Chorar não vai voltar

Todo amor que se preze

À Deus pertence e não se atreve

Que se sambar o sangue ferve

E se ela não gostar de samba

Na minha roda vai ter que entrar

Aquela

Branquela

Quem é ela?

Entra pra rodar

De um lado pro outro

Seus pés desregrados

Começam a sambar

Ah e quem dirá

Quem nunca quis brincar o carnaval?

Agora de tão bamba

Nem percebe que o samba

Chega ao final!



segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Amigos, Carnaval e uma... Puta!


Eu sempre fui muito clara quanto minha opinião sobre carnaval. Sou carioca da gema, adoro samba de raiz, sou fã convicta de seus mestres e de sua história. Mas não, não gosto de carnaval, apesar de eu ter sido concebida em um provavelmente, enfim... Mas preciso confessar, esse ano aconteceu algo diferente. Estava eu na minha fossa escrota, curtindo a minha solidão, quando meus amigos me chamam pra ir em uma festa a fantasia, relutei no inicio, mas fui, não fantasiada, aliás teve quem disse que eu estava linda com a minha fantasia de menina, já que eu estava de vestido, e meus cabelos soltos, quase como de uma puta amanhecida, mas cara, eu sei, eu estava bonita, por que não foi o único elogio que recebi. Então estava eu dançando como uma louca, depois de quatro latinhas eu ainda estava extremamente sóbria, dentro do Espaço Cultural estava tocando as músicas de sempre, e no palco lá de fora uma "bandinha" que tocava divinamente samba e choro, por que as aspas? Por que apesar da pouca idade que aparentava seus integrantes, eles sabiam o que estavam fazendo, e a banda era muito boa de verdade, meu sangue carioca se revelou e sambei até não aguentar mais. Enquanto me revezava entre o samba e o rock-pop-indie-eletronico lá de dentro, eu e meus amigos vimos uma garota fantasiada de "ploc" (garota de programa pra quem não sabe dessa gíria aqui de belém), brincando perguntei pra ela, "quanto tá o programa?" e ela me respondeu:
- Por que é carvanal tá só cinquenta.
- Cinquenta centavos? Donato me dá um real ai! - disse eu rindo
- Com um real você pode passar a mão na minha bunda. - me disse sorrindo com uma cara realmente safada
Então falei:
- Valeu, é brincadeira! - e fui saindo meio sem graça, alias, no fundo sou tímida. Foi quando ela me puxou e perguntou:
- Você curte mulher? Por que você é muito gostosa cara.
Você precisavam ver a minha cara sem graça, nunca tinham dado em cima de mim desse jeito em uma festa. "Puta que pariu!" eu pensei, mas quem nunca fantasiou com uma puta? Mesmo que fosse uma mera fantasia de carnaval, se é que me entendem...
Pronto, meu carnaval tava ganho. Dancei até o diabo dizer chega como dizia o meu avô, não fiquei na fossa, não fiquei porre, ganhei muitos elogios e o melhor de tudo? Não terminei chorando no final da festa.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Eu te amo...



Até onde podemos ir negando o passado? Até onde podemos seguir enquanto nos enganamos com nossas próprias verdades? Verdade é tão relativa, assim como certas mentiras ou pseudo-verdades (ainda uso o hífen...), a questão é... Será que conseguimos viver em paz com o que não fizemos? Com o que não tentamos ou desistimos? E se desistir de algo que se quer, que se ama, será que somos tão desumanos com nós mesmos?
Faz tão pouco tempo, mas isso já me deixa tão vazia, amarga, cruel. Sinto as vezes perder minha humanidade, e tudo o que me motivava não motiva, por que eu definitivamente desisti. Na verdade quando ouvi a frase "desiste, desiste de mim", não foi "dela" que eu desisti, na verdade simplesmente esqueci de mim mesma, de quem eu sou, por que a tempos atrás eu jamais desistiria, mesmo que me forçassem. E agora... Desisti de mim mesma.
Sei que isso soa até egoísta para os que gostam de mim de verdade, aos que sempre me estenderam a mão. Sim R. eu me fecho no meu mundo de areia. Desculpe por ser fraca. Mas eu ainda não aprendi a conviver com minhas desistências, e talvez nunca aprenderei.

E aos que querem me entender, eis ai a musica do chico que melhor me descreve neste momento:

Eu te amo

Chico Buarque

Composição: Tom Jobim / Chico Buarque

Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir

Ah, se ao te conhecer
Dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir

Se nós nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir

Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu

Como, se na desordem do armário embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu

Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios ainda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair

Não, acho que estás te fazendo de tonta
Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir.






segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010


Essa semana eu tive uma ótima noticia, finalmente vou sair de Belém, e vou mais cedo do que imaginei. Ontem deletei Orkut, twitter e algumas pessoas do meu MSN, já que fazem parte do meu passado, depois de tentar tanto, resolvi dar uma chance pra mim mesma. Resolvi virar a página, começar do zero, talvez em outra cidade, mesmo longe de muita gente que eu goste, eu consiga me focar mais no trabalho. Oportunidade não é algo que aparece sempre, e quando a ganhamos cabe a nós agarrá-la. Pois bem, não sei muito bem o que estou sentindo nos últimos dias, mais sei que é melhor do que aquela sensação de que não tive escolha alguma quanto a fatos que aconteceram na minha vida. E agora resolvi que eu vou dar as cartas, vou pensar em mim, em vez de ficar pensando em alguém que não teve nenhuma considerção pela minha pessoa. Algumas pessoas morreram pra mim nesse início de ano. Quando o amor começa a se tornar ódio, é melhor se afastar e não deixar que te envenene por inteiro.

Como não faço mas parte de redes sociais, os que me conhecem e querem manter contato, podem mandar notícias por comentários...

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Espelho

Hoje me olhei no espelho, tentei enxergar diversas vezes o que se perdia a cada dia, entre aquelas palavras já ditas. Pude perceber que por trás daquela romântica incorrigível, existia outra romântica incorrigível, a diferença entre elas, era uma fina névoa de solidão. Enquanto uma se deleitava em suas lembranças, mentalizava os diversos braços em que já estivera, afim de esconder de si mesma o que realmente sentia; a outra afogava-se em suas próprias lágrimas.
A primeira, ríspida consigo mesma, fingia ser forte, e derramar uma lágrima era como perder a guerra inteira; se é que existia uma “guerra”; e sempre que ouvia mais um “Não!”, ela se enchia de ódio, dizia que era por quem a tinha negado, mas sabia no fundo, que aquele ódio todo, era de si mesma. Toda manhã esvaziava-se, como um jarro cheio de água jogado no esgoto. Negava a si o que era, e aos outros sorria o sorriso que via na TV.
A outra por sua vez, apesar da tristeza, era pura esperança, otimista e apaixonada. Não conseguia sentir raiva, muito menos se envenenava. Esperava por um único telefonema, por uma ultima chance, que de longe parecia ser impossível. Sabia que a única pessoa capaz de lhe satisfazer seria ela mesma, mas que existia outro ser que poderia lhe completar. Já havia cometido erros, e seus defeitos eram visíveis aos que já haviam passado pela névoa tênue que lhe rondava.
Beijo amargo o não dado. No momento transformado em ferida que tardaria a sarar. Porém aquela ferida já estava aberta e sangrava todo o amor que dele não poderiam mais desfrutar.
Quando dei por mim, estava diante do espelho, cortada em dois pedaços. Nenhum deles estava completo, por que por mais que se unissem, que se dessem as mãos, ainda sim em meu peito, aquele beijo negado, tinha me ferido, deixando-me incompleta. No lugar do coração que batia forte, tão forte agora, ele não batia.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Sair da vida de quem se ama é como viver sem poder respirar. Creio que agora não sou o ar de mais ninguém, nem o sonhar de mais ninguém, nem a saudade de mais ninguém. E agora que não posso mais respirar, vc irá respirar outra pessoa, irá sonhar com outra pessoa e irá matar saudade nos braços... de outra pessoa!

Agora que eu sou só uma página virada. Me rasgo em mil pedaços. Por que papel não respira, não sonha e nem sente saudade...
Não há mais como acreditar...