tag:blogger.com,1999:blog-28037957207333543362024-02-20T05:43:30.457-03:00Indie de BotecoRê Caraihhttp://www.blogger.com/profile/10881245199439441018noreply@blogger.comBlogger200125tag:blogger.com,1999:blog-2803795720733354336.post-21450205740978656282017-01-23T14:57:00.003-03:002017-01-24T09:10:52.148-03:00Planta<br />
A planta que você me deu naquele lindo vaso morreu.<br />
Assim como o sentimento que tinhamos, ela foi murchando e sem nada para alimentá-la, nem água, nem sol, ela definhou.<br />
Perdeu os lindos tons de verde, suas folhas, agora esquias em um tom marrom escuro prestes a virar nada.<br />
<br />
O amor que você me deu naquele lindo fim de primavera morreu.<br />
Assim como a plantinha que um dia tive, ele foi se esvaindo e sem nada para alimentá-lo, sem zelo, nem cuidado, ele definhou.<br />
Perdeu os lindos tons de nossos olhos ao acordar, vigilantes de nós mesmas, agora frio e pesado, escuro, prestes a virar nada.Rê Caraihhttp://www.blogger.com/profile/10881245199439441018noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2803795720733354336.post-71573349993701707322017-01-09T16:25:00.003-03:002017-01-09T16:25:51.081-03:00Absolutamente nada!<br />
Vai fazer 8 anos que criei esse blog. Comecei a escrever aqui aos 22, vejam só, eu aos 30 retornando. Comecei a escrever aqui meus anseios, lutas pessoais que travo comigo mesma desde a infância. Naquela época por não acreditar que precisasse de um psicólogo, precisava colocar pra fora tudo o que me doía. Eu não falava. Vomitava! Cada sentimento dolorido, cada gota de mágoa e angústia que me afogava. Ainda afoga. Mas agora vejo que é diferente. Acho que com o tempo os sentimentos calejam nossa alma assim como as pontas dos dedos ao tocar demasiadamente um violão de cordas de aço, semi cortantes. E assim como as cordas, os sentimentos podem ferir ou aliviar.<br />
<br />
Há quase 5 anos comecei a fazer análise. Precisava me compreender. Nunca aceitei tomar remédios para controlar meus sentimentos. Então a terapia me ajudava a conter todo o mal que eu mesma me fazia. Esses sentimentos sempre tão intensos me sufocam, a cada dia, me matando. Me sinto impotente. Não só diante da vida, que já percebi não ter o mínimo de controle, mas de mim mesma. Com o tempo fui deixando de escrever. A princípio pq a terapia estava me ajudando e pela falta de tempo. Eu estava morando no Rio de Janeiro e fazia tantas coisas. Me sentia viva, mesmo que por algumas horas na semana, quando estava patinando. Mas com o passar do tempo parei de escrever pq aprendi a me bloquear, a não sentir. Era mais fácil não sentir. Aliás, é!<br />
<br />
Chega uma hora que cansa, de correr atrás, de usar todas as forças para que algo dê certo. Cansa mostrar interesse e não tem retorno. Qualquer tipo de relacionamento precisa ser recíproco, seja amoroso, familiar ou profissional. Se só uma das partes tem interesse em fazer dar certo, nunca dará. Então nossas forças vão se esvaindo, definhando, até o momento que vc percebe que não há por que vc se doar tanto pra aquilo, não é recíproco. E você se bloqueia. Constrói um muro gigante a sua volta, onde não existe nada, além de um cotidiano vazio. Você resolve abdicar dos sentimentos que te faziam se sentir viva em troca de não sentir mais o que te matava por dentro. Então você passa do estado de alguém que vive, para alguém que existe. E se contenta com isso. Por que você perdeu a fé nas pessoas, talvez tenha perdido a fé em si mesmo.<br />
<br />
Oito anos se passaram, e dentro de mim, não há absolutamente nada!<br />
<br />
<br />Rê Caraihhttp://www.blogger.com/profile/10881245199439441018noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2803795720733354336.post-49170352817998030372015-10-03T19:30:00.004-03:002015-10-03T19:30:58.604-03:00Quebrada<br />
As vezes nos sentimos quebrados por tanto tempo. Quando tudo parece estar perdido. Quando nada mais faz sentido, quando já não há esperança em nada. As vezes nos sentimos quebrados, por que precisamos descobrir que alguém pode nos ajudar a juntar todas as peças que estão fora do lugar, a montar o quebra cabeça de nossas vidas, e nos consertar.<br />
Quanto me senti mais vazia, quando me senti mais incompleta, você roubou todas minhas chances de me manter inerte. Quando você descobriu quem eu era e como me sentia, já não me senti mais sozinha. Sim, você roubou todas minhas chances de ser infeliz, e jogou pra longe de mim.<br />
Percebo que a cada dia que passa, a cada sorriso que recebo, cada piada boba e sem graça, já não pertenço somente a mim. Meus sorrisos são tão teus quanto os teus são meus.<br />
Já não me sinto sozinha.<br />
Já não me sinto sozinha.<br />
<br />
Mas o passado vem e assombra, todos os traumas, memórias. Meus pesadelos, e agora? Já não sei lidar. E amar esse amor tão forte, que me faz tão completa, que chega a transbordar, me deixa perdida, já não sei se nado, ou se me permito afogar.<br />
E eu te peço perdão, enquanto você diz "vai devagar".<br />
E eu te dou minha alma, te dou o meu corpo, te dou o meu tudo, já não sei mais o que posso te doar.<br />
Eu sou estranha, sem sentido, daquelas que dizem "não" quando "sim", daquelas que sorri quando na verdade chora, o choro preso dos que não sabem se expressar, dos que não sabem ser, não por não sentir, mas por amar.<br />
<br />
Então me perco, e me mantenho quebrada, não por você não me consertar. Porém o meu medo de doer, de sangrar, as vezes me faz partir, sem nem mesmo tentar...<br />
<br />
<br />Rê Caraihhttp://www.blogger.com/profile/10881245199439441018noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2803795720733354336.post-55628256503783204172015-09-08T01:55:00.000-03:002015-09-08T01:55:18.822-03:00Só.<div>
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Chega de ser passional.<br />
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Chega de ser tão intensa. </div>
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Me sinto cansada de viver como se fosse o último dia.</div>
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Cansada de viver</div>
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Meus últimos dias</div>
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Talvez devesse só ser como meus pais sempre quiseram. Talvez devesse ser tudo isso. Uma casa, uma carreira, algo, alguém e só.</div>
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Talvez devesse ser alguém... Só.</div>
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<br /></div>
Rê Caraihhttp://www.blogger.com/profile/10881245199439441018noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2803795720733354336.post-39313686651963304642015-08-24T02:20:00.003-03:002015-08-24T02:20:59.533-03:00Bloqueio<br />
Por anos me mantive bloqueada. Por quatro anos não me permiti sentir absolutamente nada. No início é sempre difícil, por mais que vc não queira, sempre acaba sentindo algo, geralmente mágoa pelo o que aconteceu, depois ódio de si mesma por sentir amor, até que você vai tentando esquecer toda a sensação que esses sentimentos tem sobre o seu corpo. É, é isso, é a parte mais difícil.<br />
Geralmente você começa bloqueando o que sente só por uma pessoa, com o tempo, sem nem mesmo perceber começa a bloquear as demais. É complicado. Depois de um tempo percebi que estava me bloqueando até pras pessoas mais próximas, como pai, mãe, irmãos. É duro, e dói. Mas dor é sentimento, então me permitir esquecer isso também.<br />
Dizem que artistas são pessoas problemáticas, que eles são intensos, impulsivos... Ser assim, sentir demais é como enfiar uma faca em si mesmo. Sentir qualquer coisa, principalmente amor, dói. Deve ser por isso que ninguém gosta de dizer que ama. Pessoas românticas são vítimas de sua própria essência. Já cansei de ser meu próprio carrasco. É difícil, é sempre difícil, ter que escolher entre sentir e se bloquear. Durante os anos que me mantive bloqueada não produzi absolutamente nada, nenhuma música, nenhum quadro, nenhuma poesia, nada. Mas foram os anos em que tive paz, por que eu estava tão vazia, que me fiz acreditar que essa quietude só poderia ser paz.<br />
Era um silêncio amargo em meu peito, uma ilusão cabida, necessária.<br />
Ao me desbloquear eu voltei a cair nos mesmos erros de todo romântico. Sair de um bloqueio desses pode ser tão traumático quanto o parto é para um bebê que sente o ar em seus pulmões pela primeira vez. Sofri novamente, chorei novamente, cai novamente...<br />
E lá estava eu mais uma vez sentindo aquele turbilhão, aquele fogo me queimando, aquela dor.<br />
Já não sei se consigo continuar assim, por que não tenho mais controle nenhum sobre o que estou sentindo. Pensei que tivesse, mas não tenho. Quando menos esperei já estava completamente mergulhada, submersa. Não consigo mais controlar. E amor, por vezes dói.<br />
Preciso me desconectar, só mais essa vez... Pra sempre...<br />
<br />
<br />Rê Caraihhttp://www.blogger.com/profile/10881245199439441018noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2803795720733354336.post-66960352444281616072015-08-06T00:51:00.001-03:002015-08-06T00:51:21.588-03:00Ela não sabia amar<div class="MsoNormal" style="font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
Ela não sabia amar, nem se poderia amar.</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
Pensava somente em si mesma, passava dias e noites escrevendo sobre algo que desconhecia, fantasiando tudo aquilo que lemos nos contos de fadas e que no fim das contas só serve para quebrarmos a cara. Lia montanhas de livros tentando entender o que não sentia, e compreender o porquê de relacionarem tal sentimento com dor! Por que pessoas dizem matar por amor? Por que algo que traduzem como “divino” as fazem chorar?</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
No fundo ela só queria sentir... mas não sentia.</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
Passava horas olhando para o teto, em busca de respostas, mas nenhuma caia do céu em seus braços. Tentava achar lógica para o que não existia razão, e equacionar a emoção.</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
Beijava bocas, sentia curvas, se deliciava com vários gostos, e nenhum realmente a fazia sentir.</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
Ela tinha medo, temor do que desconhecia, ou talvez já tivesse conhecido, porém... esquecido.</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
Se protegia atrás de uma máscara, uma névoa ao seu redor, impenetrável. E quando percebia que estava em perigo, Ela simplesmente fingia que nada podia a tocar.</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
Ela não era tão egocêntrica, nem egoísta como em seus auto-retratos, muito menos tão fria e gélida. Na verdade existia um coração ardendo por trás de palavras tão técnicas e piadas sem nexo. Existia alguém com todas as perguntas respondidas, mas que as escondeu em algum lugar, para Ela mesma não achar.</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
Na verdade... <span class="Apple-style-span" style="font-weight: bold;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;">Ela amava demais</span></span>!</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13.1999998092651px; line-height: 18.4799995422363px;">
<br /></div>
Rê Caraihhttp://www.blogger.com/profile/10881245199439441018noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2803795720733354336.post-34717511099827164162015-08-05T22:45:00.000-03:002015-08-05T23:08:00.987-03:00Caminhando entre brasas<div>
<br /></div>
Nada me basta, nada, absolutamente nada me completa.<br />
<div>
Nenhum lugar me pertence, como se minha alma fosse livre, que de tão livre se sente presa nas amarras da vida. Como se o mundo fosse tão pequeno, como se nenhum lugar ou alguém pudesse me completar. Então sigo assim, perdida, acreditando que posso me encontrar em cada boca que beijo, em cada olhar, em cada mão que possa percorrer meu corpo.</div>
<div>
Mas não.</div>
<div>
Busco sentido no óbvio? Pq eu mesma não tenho sentido, não tenho significado. Talvez por não saber a própria significância de minha existência, tenho a necessidade sufocante de ler cada pessoa em suas entrelinhas. É desesperador conseguir compreender os outros e não conseguir compreender a si mesma. Uma dádiva ou um fardo? Talvez não tenha uma resposta para isso.</div>
<div>
Já não me escondo como antes</div>
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Já não me importo como antes.</div>
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Mas ainda sim há algo em mim, como um chama que não me deixa congelar, algo que me diz para seguir adiante, sem olhar pra atrás e nunca desistir. Meu otimismo me mantem sã, enquanto minhas esperanças são afogadas em cada gole de cerveja.</div>
<div>
Me abraço a inebriante mentira de que não preciso de ninguém, buscando ser lúcida nos não tão raros momentos de embriaguez. </div>
<div>
E nesse ciclo, continuo caminhando entre brasas, que já não me queimam mais...</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
Rê Caraihhttp://www.blogger.com/profile/10881245199439441018noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2803795720733354336.post-51367943899504429592015-07-29T23:24:00.001-03:002015-07-29T23:31:32.670-03:00Boba<br />
Acabei de me dar conta que não tem mais volta.<br />
Não sou o tipo de pessoa que me permito gostar de pessoas muito diferentes de mim. Gosto de ter confiança de onde irei pisar, ou pelo menos me enganar quanto a isso. O fato é que eu não me permito sair da minha zona de conforto.<br />
Mas sem querer, acabei me deixando levar por alguém tão diferente de mim, parecendo avessa, parecendo distante, porém, tão perto, como aquele olhar em que vi no bar, com o toque suave de tua pele na minha, como a maciez de teu beijo.<br />
E no momento em que meus dedos caminharam por teu corpo, por teus cabelos, alvos e longos. No momento que ouvi sua voz suavemente rouca nos meus ouvidos, permiti, mesmo que sem querer, me perder em sua complexidade.<br />
Não sei quem você é de verdade, mas desconfio, desconfio que seu coração seja tão profundo quanto seu olhar, que sua alma seja tão intensa quanto sua voz. Desconfio, somente desconfio. Mas quem sou eu para descobrir se minha hipótese é verdadeira? Não sou ninguém, ou talvez seja...<br />
Queria poder te mostrar quem eu sou, talvez assim você não precisasse se esconder atrás de suas frases prontas, mas que me fazem sorrir como uma boba. Você faz me sentir bem, com você meu sorriso é frouxo, espontâneo, real, não sei explicar. Quando você me olha me sinto nua, como se a todo momento você me decifrasse, principalmente quando você me olha nos olhos, profundamente.<br />
Gosto de você, não sei se é paixão, não sei, mas talvez você nunca vá saber, apesar de eu já te dedicar frases tão bobas que me fazem ficar vermelha antes mesmo de digitar.<br />
Você me deixa boba entre suas piadas, entre suas desconversas, você me faz criança, e me faz humana, não sei o que é, mas você faz melhor, sem nem mesmo saber. Me faz querer pintar, querer compor, querer te dedicar todas as minhas formas de me expressar. Me faz querer você... intensamente!<br />
<br />
<br />Rê Caraihhttp://www.blogger.com/profile/10881245199439441018noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2803795720733354336.post-27441455329312217422015-07-29T22:32:00.001-03:002015-07-29T22:35:56.689-03:00Cansaço<br />
Ando tão cansada.<br />
Chega uma hora que cansa se proteger. Cansa ter de ficar do lado de cá desse muro.<br />
Me escondo. Me escondo atrás de piadas de mal gosto, atrás de goles de cerveja, não que não goste de beber. Aliás, quando bebo ainda tenho coragem de ser eu, de falar minhas verdades, por que você sabe, bêbados falam verdades, mas estão bêbados. Acabamos por ter licença poética.<br />
Pensava eu que minha vida estava certa, mas aí a roda da fortuna gira, e o que tínhamos já não nos pertence mais. E eu que já não tinha medo de mostrar quem era, me recolho a ser somente Alguém.<br />
E estou cansada.<br />
Cansada de ser somente Alguém.<br />
Não quero me proteger, não quero sentir medo, não quero ficar do lado de cá do muro. Quero ser eu mesma, quero sentir, mesmo que doa. Quero sorrir, mesmo que depois chore. Quero gritar! Quero morrer... e viver...viver...viver...<br />
<br />
<br />
<br />Rê Caraihhttp://www.blogger.com/profile/10881245199439441018noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2803795720733354336.post-37941828871699016682015-06-09T23:13:00.002-03:002015-06-09T23:13:51.798-03:00Chegará o dia...<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
Chegará o dia em que nossos corações já não sentirão dor.</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
Chegará o dia onde saberemos cada um de nossos erros.</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
Chagará o dia em que olharemos nossos reflexos e saberemos quem realmente somos.</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
Chegará o dia que perceberemos que sentir medo faz parte da vida, e cabe a nós enfrenta-lo.</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
Chegará o dia onde nossas costas sentirão o peso de nossas escolhas.</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
Chegará o dia que em nossas mãos poderemos ver as marcas do tempo.</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
Chegará o dia em que olharemos para trás com pesar.</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
Chegará o dia em que nos arrependeremos de não tentar.</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
Chegará o dia em que lembraremos de "nós"</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
Chegará o dia em que sentiremos saudade</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
Chegará o dia que nos perguntaremos se realmente tivemos liberdade</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
Chegará o dia que sonharemos juntas, mesmo distante.</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
Chegará o dia que nossas almas se encontrarão</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
Chegará o dia que aprenderemos o verdadeiro significado da palavra "Perdão"</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
Chegará o dia que poderemos nos reencontrar.</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
Chegará o dia que finalmente seremos felizes,</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
Sem medo de amar.</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
Por toda a eternidade.</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif;">
<span style="font-size: x-small;"><i>para V.</i></span></div>
Rê Caraihhttp://www.blogger.com/profile/10881245199439441018noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2803795720733354336.post-9401369516219562622015-06-05T14:27:00.006-03:002015-06-05T14:32:19.000-03:00Derrama<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /><br />Amor não devia doer. Mas dói. <br /><br />Por que amar outra pessoa dói tanto?<br /><br />Quando eu a conheci já não acreditava que poderia amar novamente. Aliás, são anos de paixões e amores frustrados. Anos amando demais.<br /><br /><br />Meus pais sempre me ensinaram a amar, mas não aquele amor raso e superficial, meus pais são pessoas profundas, daquelas que de tão profundas chegam a transbordar. E transbordam, amor, bondade, compaixão. Foi assim que fui criada. Falando "Eu te amo" todos os dias. Atualmente ninguém costuma falar tanto essa curta e maravilhosa frase, e antes de conhece-la, há muito já não falava.<br /><br /><br />Desde que saí da casa de meus pais percebi que fui perdendo o que havia de melhor em mim, fui me tornando alguém que mesmo de longe, jamais gostaria de ser. A vida nos transforma, infelizmente ela me conheceu em um momento difícil, no momento onde eu menos era eu, no momento onde a vida mais tirou eu de mim mesma e deixou somente uma sombra tênue do que um dia fui e de que me orgulhara de ser. <br /><br /><br />Até os 25 anos eu tinha tudo. Nunca fui rica, mas nada me faltou. Escolhi sair da casa de meus pais por acreditar ser mimada demais, sou filha caçula, sim, era mimada. Escolhi aprender a crescer de verdade e sabia que não faria isso morando com eles. Ainda lembro da conversa que tive com meu pai e disse que precisava crescer, e essa era uma lição que teria que aprender sozinha. Foi assim que mudei de estado, tudo o que tinha eram 200 reais no bolso, mas consegui me virar. Nunca foi fácil, talvez nunca será. <br /><br />Com o passar do tempo e várias sessões de terapia para tentar suportar as dificuldades, percebi que ao contrário do que eu tinha aprendido minha vida toda, a grande maioria das pessoas eram rasas demais e infelizmente elas não podiam mergulhar tão fundo em pessoas profundas. Naquele momento eu transbordava. Como sempre transbordei.<br /><br />Quando conheci ela pensei ter encontrado alguém tão profunda quanto eu. Mas não. Algumas pessoas não enxergam além das outras, se prendem a coisas superficiais. naquele momento em que você acha que ela está olhando no fundo de seus olhos, ela está somente tentando enxergar o seu próprio reflexo.</span><br />
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Isso dói.<br /><br />Quando a conheci, mesmo não sendo quem eu queria ser ou quem eu era, voltei a dizer "Eu te amo" todos os dias, por que apesar de ter medo, amar ela era a coisa mais maravilhosa que tinha me acontecido.<br /><br />Não sei por que estou escrevendo esse texto, talvez por que, além de meus olhos, minha alma continua transbordando. Mesmo que ela vá me fazer falta, por um segundo ou pela eternidade, eu vou continuar transbordando.<br /><br />Talvez pessoas rasas jamais poderão entender. Mas pessoas profundas quando amam, transbordam, que chega a derramar! <br /><br /><br /><br /><b>Não Vale A Pena<br />Maria Rita</b><br /><br />Tudo aquilo, nada disso<br />Sobrou meu velho vício de sonhar<br />Pular de precipício em precipício<br />Ossos do ofício<br />Pagar pra ver o invisível<br />E depois enxergar<br />Mas você não vale a pena<br />Não vale uma fisgada dessa dor</span><br />
<div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não cabe como rima de um poema<br />De tão pequeno<br />Mas vai e vem e envenena<br />E me condena ao rancor<br />De repente, cai o nível<br />E eu me sinto uma imbecil<br />Repetindo, repetindo, repetindo<br />Como num disco riscado<br />O velho texto batido<br />Dos amantes mal-amados<br />Dos amores mal-vividos<br />E o terror de ser deixada<br />Cutucando, relembrando, reabrindo<br />A mesma velha ferida<br />E é pra não ter recaída<br />Que não me deixo esquecer<br />Mas você não vale a pena<br />Ficou difícil<br />Que é uma pena<br />Que é uma pena<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /></span><br />
<div>
<div>
<div class="cor_2" id="cabecalho" itemscope="" itemtype="http://schema.org/MusicRecording" style="padding: 0px 295px 12px 120px;">
<div style="margin: 0px; padding: 0px;">
<br /></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
Rê Caraihhttp://www.blogger.com/profile/10881245199439441018noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2803795720733354336.post-47558896294774015832014-06-29T19:15:00.000-03:002014-06-29T19:16:18.373-03:001000x<div>
<br /></div>
"Uma mentira contada mil vezes se torna verdade"<br />
<div>
É assim que vivemos hoje, nos enganamos todos os dias ao levantar nossas cabeças do travesseiro. A vida é uma mentira, todos somos uma mentira contada mil vezes. Ninguém mais se conhece, ninguém mais valoriza o outro pelo o que é por dentro, aliás, nossos valores são medidos por "likes".</div>
<div>
As vezes me pergunto o por quê de eu não conseguir me abrir de verdade com ninguém. Não vou mentir, é difícil até falar as coisas pra minha analista, quanto mais pra outras pessoas. Atualizar o Status é bem mais fácil, ou melhor, nem precisa de nossas próprias palavras, por que não postar uma música "feliz"?! Por que não se iludir?</div>
<div>
Estamos quebrados e vendemos nossas almas, afinal, quem se importa com elas?</div>
<div>
Somos todos uma mentira contada mil vezes ou mais...</div>
Rê Caraihhttp://www.blogger.com/profile/10881245199439441018noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2803795720733354336.post-85256158989318390822014-06-22T20:42:00.000-03:002014-06-22T20:42:39.224-03:00Valsa dos tolos<br />
É cada vez mais difícil se sentir livre, cada vez mais difícil deixar de lado as milhares de barreiras que a vida vai nos forçando a construir em nossa volta, cada vez mais difícil deixar com que alguém se aproxime. Não sei quando a misantropia segurou minha mão e disse "A partir de agora, caminharemos lado a lado". Mas sei que é uma companhia fria e muitas vezes dolorosa. A falta de fé que tenho sobre os homens, o asco pela sociedade que cresce a cada dia, e por mim mesma, por não saber como me desvencilhar disso tudo. Cada dia é mais difícil abrir os olhos de manhã cedo, principalmente quando nem mais a paisagem pode te fazer companhia durante a "viagem" até o trabalho, já que o cotidiano até isso me tirou, pois hoje, é necessário pegar metrô, não se atrasar, e se você ousar se arriscar a ver uma paisagem que não seja um vagão frio com pessoas apáticas, no máximo terá companhia de buzinas e carros enfileirados, como gado pronto para o abate. A única paisagem que ainda consigo apreciar com certo gozo é o de minhas lembranças.<br />
Amar é cada vez mais difícil. O mundo está desacreditado quanto a ele. O amor passou a ser mais apreciado nas telas do cinema do que na vida real. É muito mais fácil idealizar algo do que assumir os riscos. Mas em um mundo onde se dá mais valor à "likes" e "seguidores" do que aos amigos e pessoas que realmente estão ao seu lado, não há muito o que esperar. Confesso, é cada vez mais difícil assumir os riscos, cada vez mais difícil se permitir apaixonar, e não só por pessoas, pela vida em si. É cada vez mais difícil viver.<br />
Há poucas coisas de que tenho certeza nesse mundo, uma delas é a certeza da morte, mas se não acredito que o quê chamamos de "vida" é realmente Vida, já não sei se minhas certezas são certezas. E assim eu sigo dançando a dança dos tolos, ou pelo menos fingindo dar seus passos, no meu próprio ritmo, até poder mudar os acordes da música.<br />
<br />
<br />
<br />Rê Caraihhttp://www.blogger.com/profile/10881245199439441018noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2803795720733354336.post-61720345612767056972014-06-04T23:43:00.002-03:002014-06-04T23:43:55.389-03:00Eu<div>
Eu sou</div>
<div>
Eu sou assim</div>
<div>
Eu sou assim quase</div>
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Eu sou assim quase real</div>
<div>
Eu sou assim quase realidade</div>
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Eu sou assim quase realidade, irreal</div>
Rê Caraihhttp://www.blogger.com/profile/10881245199439441018noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2803795720733354336.post-78403665920408900752014-06-04T23:39:00.004-03:002014-06-04T23:39:52.688-03:00Em uma mesa qualquer<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><br /><br />Em uma mesa qualquer de bar, </span><br />
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
ali te fitava os olhos,</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
ali me embebedava em sonhos.</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
E você, sem perceber,</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
ou talvez percebendo,</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
fez-me perder meus pudores,</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
esquecer outros amores,</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
enfrentar os meus medos.</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
Ali, </div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
diante de ti,</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
você me deixou nua,</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
diante de todos,</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
no meio da rua,</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
eu que mentia para mim mesma,</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
que fingia não sentir nada,</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
passei a ser tua.</div>
Rê Caraihhttp://www.blogger.com/profile/10881245199439441018noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2803795720733354336.post-31666145910321386812014-05-02T11:01:00.001-03:002014-05-02T11:01:34.629-03:00Pra não dizer Adeus<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial; font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial;">Talvez minha analista tenha razão, talvez eu seja forte mesmo, mesmo que as vezes eu acredite na minha fragilidade, na minha queda eminente. Talvez ela tenha razão.</span><br />
<div style="color: #222222; font-family: arial;">
Parte dessa força só existe por que sempre tive ao meu lado pessoas maravilhosas, entre família e amigos, que sempre estiveram lá pra me estender a mão quando eu mais precisava, ou simplesmente pra me abraçar quando eu não conseguia dizer nada. Eu sou dessas que se doa ao máximo quando gosto de alguém, daquelas que daria a vida pra salvar a de um amigo, sim, eu sou, e sempre há quem diga que eu deveria não ser assim, pois é arriscado demais. Eu prefiro confiar nas pessoas do que viver me protegendo delas. É, eu sou forte, por que tive a sorte de ter amigos verdadeiros do meu lado, mesmo que distantes, seja pelo tempo curto de nossas vidas, seja por quilômetros. Depositei uma parte de mim em cada um deles e eu sei que eles guardam com muito carinho. Mas ontem mais um pedacinho de mim foi embora, e hoje eu sinto esse vazio. É o quarto amigo de que me despeço, e nos últimos anos me despedir de quem eu amo tem sido algo corriqueiro. Mas não há como se acostumar.</div>
<div style="color: #222222; font-family: arial;">
É, a parte mais difícil de envelhecer não é o fato de você não se sentir tão bonito, ou por que você passa mais tempo de ressaca, ou por que temos vidas miseráveis onde temos que abdicar de nossas vidas reais por causa de trabalho, é por que simplesmente, quanto mais envelhecemos, mais vezes iremos ter que dizer aquela palavra que dói tanto dizer "Adeus". E mesmo que eu acredite em vida pós-vida, por mais que eu acredite que esse mundo é só uma escola passageira, dizer Adeus nunca vai ser fácil. Principalmente para essas pessoas a quem tive a honra de conhecer e tive a coragem certeira de depositar minha confiança. E dói. Já perdi quatro dos meus melhores amigos e pessoas da minha família que me tornaram quem sou hj. E as vezes quando eu paro pra pensar o quanto já cheguei perto de ir embora e eu tive uma segunda chance, eu não sei se agradeço ou se só aumenta o meu pesar por ter tido que dizer adeus a vocês.</div>
<div style="color: #222222; font-family: arial;">
As vezes acho que tô fazendo tudo errado, mas aí eu olho pra trás, pra minha história e vejo que se eu estivesse fazendo tudo errado como eu acredito as vezes, eu jamais teria tido a oportunidade de ter amigos como vocês.</div>
<div style="color: #222222; font-family: arial;">
Agora a única coisa que me resta é acreditar que a gente vai se encontrar em breve, e continuar amando cada um a quem preciso me despedir.</div>
<div style="color: #222222; font-family: arial;">
Talvez minha analista tenha razão, talvez eu seja forte mesmo...</div>
<div style="color: #222222; font-family: arial;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial;">
Em memória do Brunão, por que tem amizades que realmente são eternas! Te amo, hoje e sempre.</div>
<div style="color: #222222; font-family: arial;">
<br /></div>
<div style="color: #222222; font-family: arial; font-size: small;">
<br /></div>
Rê Caraihhttp://www.blogger.com/profile/10881245199439441018noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2803795720733354336.post-38102027635254840062014-03-26T23:47:00.001-03:002014-03-26T23:49:33.636-03:00Queria escrever algo interessante!<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial;">Queria ter boas coisas para escrever sobre o mundo, mas agora, nesse momento, quase nada é bom o suficiente... Nem eu. Sei que daqui a dez anos eu irei ler esse blog e vou rir de todas as situações que aqui descrevi. Assim como leio os posts de 2009 e as vezes quero deletar ou simplesmente enterrar meu rosto, como um avestruz. Mas não, os deixarei no ar, pelo simples fato de que terei boas histórias para meus netos. Sobre como a avó deles viveu tudo intensamente, mesmo que quebrasse a cara as vezes.</span><br />
<div style="color: #222222; font-family: arial;">
A cada ano que passa percebo que a vida não se trata de chegadas, ela se trata de partidas, de lembranças, de marcas profundas que todas essas pessoas e histórias nos deixam. De fato, todos, em determinado momento nos deixam. Mas isso não anula o fato de que estiveram presentes, mesmo que por um breve momento.</div>
<div style="color: #222222; font-family: arial;">
A vida é uma droga. O que torna menos insuportável é justamente a presença de algumas pessoas. E as vezes, sem querer, encontramos pessoas que não queremos que saiam dela, mesmo sabendo que um dia sairão. Seja por qual motivo o for.</div>
<div style="color: #222222; font-family: arial;">
Tem quem não dê valor a isso, a esses pequenos momentos, àquela risada frouxa, às piadas bobas, ao "durma bem", ao "boa noite". Tem quem julgue besteira. Eu prefiro ser uma boba, do que deixar passar em branco a vida. Imagine que cada pessoa significante na sua vida seja uma cor... Imaginou? Quando você permite que elas se aproximem, quando você se permite conhecê-las... No final, você terá uma obra de arte.</div>
Rê Caraihhttp://www.blogger.com/profile/10881245199439441018noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2803795720733354336.post-13629401212398078382013-10-19T23:15:00.000-03:002013-10-20T23:30:39.060-03:00Cheia de mimAinda não sei bem ao certo quando pisei no acelerador, peguei a estrada e deixei a mim mesma pra trás. Não sei quando meu antigo eu, romântico, sonhador, impulsivo se permitiu dar espaço para alguém tão controlada, tão segura de suas próprias verdades, que simplesmente esqueceu que as vezes é preciso de alguns porres para se ter boas histórias. Mas ao contrário de antes, não termino nem o primeiro copo.<br />
<br />
Covarde. Me sinto uma covarde, tentando esconder minhas cicatrizes, minhas marcas. Com medo de me ferir novamente. Esse não é um texto de dor, pelo contrário, estou tentando escrever sobre a indignação comigo mesma. Fazia tempo que eu não lia meus antigos textos, cheios de vícios de linguagem, erros de digitação e três pontos. Cheios de mim. Enquanto os lia, me dei conta do quanto eu sentia, o quanto vivia. Agora o que resta é alguém cansada, um contra-cheque e algumas contas à pagar.<br />
<br />
Costumava publicar aqui meus amores, minhas histórias, meus porres, minha alma. Mas já não tenho o que publicar, faz tempo que não bebo, que não perco minha sanidade, nem que seja por alguns minutos. Saudade de perder a sanidade, por um beijo, por um toque, por um desejo ou por qualquer coisa que fizesse eu me desprender do mundo por alguns segundos. Já não escrevo, por que estou sozinha, peguei a estrada e deixei a mim mesma pra trás. Não sei ao certo em que momento me desentendi comigo mesma, em que momento deixei de ser a pessoa em que acreditava, a ponto de me abandonar na estrada deserta da realidade.<br />
<br />
Mas sei que a quero de volta, por que ninguém vive sem uma parte de si, ninguém pode dirigir milhas sem olhar pra trás. Mas quando olhamos e percebemos que algo nos faz falta, é hora de voltar ao ponto de partida, buscar o que perdeu e simplesmente recomeçar. De novo...Rê Caraihhttp://www.blogger.com/profile/10881245199439441018noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2803795720733354336.post-48558131063776931562013-07-21T17:52:00.003-03:002013-07-21T18:07:03.182-03:00Uma folha em branco<div class="MsoNormal">
Sempre gostei de olhar para pessoas desconhecidas na rua e
imaginar as milhares de histórias pelo que elas passaram, como são suas vidas,
as alegrias, as tristezas e suas batalhas internas. De certo, somos guerreiros,
provas irrefutáveis de que no final de toda guerra, sempre irá ter sangue
derramado, suor e o sentimento de que foi feito o que deveria ser feito. Você
pode pensar que carrega o mundo em suas costas, mas ninguém pode segurar uma
espada sem que tenha força para isso. <o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Não gosto de viver minha vida como se fosse apenas “isto”.
Como se não houvesse algo em que acreditar, como se o cotidiano fosse nosso
maior dogma, como se além das estrelas só houvessem estrelas. <br />
Ao nascer, somos como uma folha em branco, aí nossos pais nos dão tinta e
pintamos o que bem entendemos. As cores que colocamos ali, as frases de amor ou
de ódio, são somente responsabilidade nossa, e se de repente essa folha se
romper, rasgar ou amassar, pode ter certeza que a culpa é somente sua. Mas se
você for cuidadoso, otimista e pintar sua folha em branco com as cores mais
vivas e excitantes que encontrar, pode ter certeza de que todos irão querer
apreciá-la.<br />
É exatamente isso o que gosto de procurar nos milhares de rostos em que presto
atenção. Procuro pela obra de arte que há dentro de cada um. Me chame de louca.
No fundo, acredito que todo ser humano, seja o que pintar... é um artista.<o:p></o:p></div>
Rê Caraihhttp://www.blogger.com/profile/10881245199439441018noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2803795720733354336.post-31974347347402995872013-01-01T23:05:00.002-03:002013-01-01T23:05:41.306-03:00Um novo recomeçoSinto que já vivi muito mais que meus conturbados vinte e seis anos. Certamente quem me conhece, os poucos que me conhecem de verdade, de forma mais profunda e intensa sabe do que estou falando. Infartei aos quatorze anos, ver a morte de perto muda muito as pessoas e essa experiência com certeza me mudou, no primeiro momento o desespero, achava que nunca iria chegar aos dezoito, doze anos depois aqui estou eu, escrevendo em um blog sobre mim mesma, contando minhas histórias de amores e desamores, de idas e vindas. Essa fase pós infarto fez com que eu quisesse viver tudo o que tinha pra viver, antes que meu tempo acabasse, foi uma fase caótica, de incertezas, eu não sabia exatamente quem eu era, mas sabia quem não queria ser. Experimentei o primeiro cigarro, formei minha primeira banda, durmi fora de casa sem avisar pela primeira vez, me assumi homossexual, militei em partido político...<div>
Tive duas outras crises muito fortes, tão fortes que nem Lexotan na veia fazia efeito, não tinha nada, apenas eu de mãos dadas com a minha sorte. Não morri graças aos meus pais que agiram rápido, "mais alguns minutos e ela não teria resistido" disse o médico na primeira vez e o que era pra ser uma despedida fez com que eu começasse a enxergar as coisas de forma diferente.</div>
<div>
Entrei em processo de depressão várias vezes, me forcei a sair por que não queria me dar ao luxo de sentir pena de mim mesma, encontrei motivos pra viver entre os acordes da minha guitarra e logo em seguida entre os tons da bateria. Era sempre assim, tocava como se fosse a última vez. Sempre fui carinhosa, mas isso tudo fez com que eu nunca me despedisse sem dizer o quanto amava ou gostava de alguém. Acho que todo mundo deveria fazer isso, dizer o que sente, antes que seja tarde demais.</div>
<div>
Passei quase dois anos tomando medicamentos, as crises diminuíram, mas o mal que eu tinha feito para mim mesma no meu desespero, já não tinha mais volta. Mas como diz a minha melhor amiga, Monique Malcher, eu sou "o ritual de ano novo em pessoa", pelo meu não medo de mudanças e isso não quer dizer que eu não exite diante delas, resolvi me reciclar, assim como já me resetei muitas e muitas vezes, sempre quando é preciso. Não tenho cores favoritas, nem uma única música preferida. Posso estar no Rio de Janeiro e no dia seguinte me mudar pra Grécia, ou pra outro país que não esteja em crise, já basta as minhas próprias.</div>
<div>
Onde quero chegar?</div>
<div>
Não tenho medo de morrer, depois que a gente desmaia não sentimos mais nada. Mas enquanto estamos aqui, permanecer o mesmo é quase um crime. A beleza da vida é se reinventar a cada página virada. </div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
Rê Caraihhttp://www.blogger.com/profile/10881245199439441018noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2803795720733354336.post-23474799111267317942012-12-22T20:21:00.003-03:002013-10-16T14:44:17.639-03:00Sobre a menina no espelho<br />
<div style="font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;">
E ela olhava. Olhava-me como se soubesse o que se passava dentro de minha alma. Como se entendesse tudo, todos os conflitos e angustias que eu jamais contei a alguém. É assim, sorrimos para não chorar, bebemos para nos enganar. Porém ao deitar a cabeça no travesseiro, nos segundos entre dormir e estar acordado, tudo vem a tona, entra pelas veias como soro, e dói.</div>
<div style="font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">
</div>
<div style="font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;">
As vezes sentia que mesmo calada, ela gritava, e meus ouvidos, sem nem mesmo sentir uma única vibração sequer do ar, a ouvia. Nos seus olhos castanhos, ela chorava, sem derramar uma lágrima. Mesmo assim... escorria. Eu trocava de roupa, de idade, de anseios. Ela se despia. Arrancava fora quase tudo que podia.</div>
<div style="font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;">
</div>
<div style="font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;">
Quantas vezes a olhava, e mesmo a vendo, não enxergava. E meu ego explodia. Cada um cultiva o seu como quiser. Enquanto eu deixava o meu crescer, freneticamente ela se debatia. Eu queria enxergá-la, mas estava cega. Nos deslumbramos com tão pouco.</div>
<div style="font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;">
Os anos passavam. As horas corriam. </div>
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E ela continuava a me olhar. Até que um dia eu acordei. Então pude notar, que mesmo com o passar dos anos, ela se mantinha sã. Entre gritos e berros, a louca era eu, que estava em silêncio.</div>
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Rê Caraihhttp://www.blogger.com/profile/10881245199439441018noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2803795720733354336.post-24928516110562656232012-11-25T19:15:00.003-03:002012-11-26T08:44:40.522-03:00Exatamente nada<br />
Creio que as vezes me perco em minhas próprias tentativas de encontrar respostas. Talvez todo mundo seja assim também. Desde que me mudei para o Rio de Janeiro, sinto que travo uma batalha diária comigo mesma, uma sede de se provar, não à alguém, mas a mim mesma. Sentir que é capaz, mas ainda sim perceber que algo a segura, não sei o que é, mas sinto e isso me frustra.<br />
Sempre fui a pessoa que desistia de algo que queria muito. Assim foi com as aulas de música aos oito anos, com o basquete aos treze, com o inglês aos quinze, da banda aos 23... Acho que a única coisa de que nunca desisti foi da minha profissão, justamente quando todos falavam para eu deveria fazer outra coisa. Também nunca desisti da minha moral, o que eu chamo de moral? Meus valores como pessoa.<br />
E as vezes, durante o curso de nossas vidas, somos absurdamente tentados a desistir dela. Tive uma criação baseada no respeito mútuo, nunca tive uma relação de medo com meus pais, mas de amor e admiração, me ensinaram que só devemos fazer aos outros o que gostaríamos que fizessem com a gente. É assim que enxergo o mundo, como um ciclo infindável, ação e reação. Pura física.<br />
Mas aí você sai da sua redoma de vidro quase imperceptível. Você começa a sofrer um choque moral. Não é o mundo que é cruel, somos nós que tornamos ele assim. Aí em momento de desespero, depois de levar tanta "surra", nos achamos quase no direito de nos defender atacando. E um dia isso volta. A minha briga nunca foi com ninguém. Mas comigo mesma. Talvez vocês ainda não tenham passado por tudo isso. Vocês tem consciência do quanto difícil é crescer, se manter são e coerente consigo mesmo?<br />
Lutar contra outros é fácil, se vira a cara, dá as costas e vai embora. Dorme. Esquece. Lutar contra si é olhar em seus olhos e saber que há algo de errado, é deitar a cabeça no travesseiro e não ter paz. Creio quem nem todo mundo tenha consciência de si mesmo, não estou falando que sou a pessoa mais consciente do mundo, ou certa, ou sã. Já desisti de tantas coisas, por que não desistir de mim mesma? Por que querer continuar indo contra o fluxo, contra o "mundo"?<br />
Amadurecer é difícil. Por que quando amadurecemos, percebemos que não temos responsabilidade só conosco, mas com cada pessoa que nossas ações possam eventualmente atingir, de forma boa ou ruim. Esse ano posso dizer que foi um ano de aprendizado intensivo. Aprendi que por mais que me virem a cara nos momentos difíceis, ainda terei com quem contar. Eu nunca estive sozinha (e nem você está!). Há coisas de que me arrependi, tentei consertar, mas também aprendi que as vezes a melhor solução é o tempo. Desculpe se cometi erros, mesmo que tentando acertar. Aprendi que as vezes quem a gente menos espera é quem nos ajuda a levantar e que nos sentimos seguros demais, porém quando menos esperamos aquele tapete que protegia nossos pés do frio da lajota, desaparece.<br />
Desistir? Não de mim. Hoje, mais do que ontem, sei exatamente quem sou, não crio falsas expectativas quanto a mim mesma, mas sei exatamente onde posso chegar. Quase um ano depois, entre boas lembranças e arrependimentos. Não mudaria exatamente nada.<br />
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<br />Rê Caraihhttp://www.blogger.com/profile/10881245199439441018noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2803795720733354336.post-24439968252607554102012-11-12T21:29:00.003-03:002012-11-12T21:29:48.161-03:00Mister TNunca falei do meu cotidiano né? Quer dizer, quem lê esse blog com tanta frequência quanto escrevo vai se perguntar "Ué? Nunca falou do cotidiano?". Na verdade não. Acho que muitos de vocês me conhecem mais por dentro do que por fora. É, isso ficou ambíguo, mas vamos deixar assim mesmo. Vocês conhecem mais o que penso do quê o que faço, e isso é bastante compreensível.<div>
Depois de acordar, escovar os dentes tomar banho pentear os cabelos tomar café abrir a porta de casa fechar a porta de casa caminhar até o metrô ir em pé até o centro do Rio de Janeiro caminhar até o prédio da agência subir o elevador dizer "Bom dia!" ao abrir a porta ligar o computador e... ufa! Depois disso tudo, costumo ler alguns sites e blogs que acho interessante, antes de começar um dia de trabalho ultra hard punk. O assunto que está super em alta, tirando o Nana Gouvêa e gatinhos fofos, é a tal da "Geração T". "Mas, Ô Renata! O que diabos é a geração T?". Resumindo, é a nomenclatura usada para designar um novo padrão comportamental, onde essas pessoas são apenas "testemunhas", passivas e sem senso crítico. Salve o retweet e o compartilhamento!</div>
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Durante as últimas semanas li alguns artigos sobre essas tantas gerações que estão aí, de fato, essa modinha de falar sobre gerações deve ter sido lançada por alguma geração, que não é a gT, por que eles são "passivos" (hehehe). Mas se a gente parar pra pensar, isso tudo é preocupante. Por mais que tenhamos 25, 30 anos, isso não quer dizer que estamos fora de ser denomonado com um T. Talvez sejamos tão culpados quanto eles, por que o mundo de hoje é reflexo do que fizemos e criamos há uns anos. Baudrillard talvez estivesse certo... cada vez menos homem e mais máquina. Passamos de receptores à formadores de opinião e agora a retwettadores. Que sejamos filhos do pós-moderno, mas não babacas compartilhadores somente. Na minha época eu ia encontrar os amigos pra fazer música, tocar, fazer "firula" com a baqueta como diz uma amiga. Nos conectávamos com o todo, agora não passamos de cabos usb.</div>
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Isso me preocupa.</div>
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Os valores estão mudando, por um lado é bom. Agora somos mais conscientes(?), somos mais politicamente corretos(?) ou será que nos tornamos apenas mais hipócritas?</div>
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Rê Caraihhttp://www.blogger.com/profile/10881245199439441018noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2803795720733354336.post-64786868047054555332012-09-25T11:15:00.001-03:002012-09-25T11:15:32.938-03:00Pontos de Experiência<span style="font-family: arial;"><br /></span>
<span style="font-family: arial;">De alguma forma as coisas se perderam, e o que era para ser tão belo e colorido foi desbotando a ponto de ficar sem cor. Talvez pela perda de luz, pela perda daquele calor reconfortante. Ao colocar pela primeira vez os pés onde seria meu lar, senti que de alguma forma, a partir daquele momento eu iniciaria uma grande batalha, não com alguém ou algo, mas comigo mesma. Nunca pensei em viver de heroísmos ou aventuras, meu único objetivo sempre foi provar a mim mesma o quão longe podia chegar. Acho que os anos em que joguei RPG me inspiraram a nunca desistir, <b>mesmo que você não tenha sorte ao rolar os dados, no final você sempre vai ganhar pontos de experiência.</b></span><br />
<span style="font-family: arial;">Creio que em toda aventura, pior do que se ferir durante as lutas é perder um amigo para o lado adversário. Porém, todo grande guerreiro sabe que lealdade se prova com atitudes e não com palavras e que todos podem ter seus momentos de fraqueza diante as adversidades que o mestre impõe. Perder seu companheiro de aventuras é doloroso, mas pior que isso é se deixar vencer por medo de continuar lutando. Minha lealdade se mantem firme, meu coração continua aberto. Diferente do início, agora ando por terrenos desconhecidos e enevoados, mas isso não quer dizer que não alcançarei o meu objetivo. Ninguém disse que seria fácil, também nunca esperei que seria. Em todo caminho há perdas, mas também há ganhos, aqui se "perde" um amigo (mesmo que naquele capítulo), mas se ganha outros tantos. Essa história nunca foi só minha, mas sim de todos que ficaram ao meu lado em vários momentos.</span><br />
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De algum forma as coisas se perderam... para eu finalmente me encontrar.<br />
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Rê Caraihhttp://www.blogger.com/profile/10881245199439441018noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2803795720733354336.post-33435176817946919192012-09-14T17:57:00.003-03:002012-09-15T20:15:24.664-03:00Uma nova esperança (e não é Star Wars!)<span style="font-family: arial;"><span style="font-size: x-small;"><br /></span></span>
<span style="font-family: arial;">Essa semana tive uma experiência nova. Não, não usei drogas e nem fui em um puteiro ou algo parecido. Fui a um analista. É, um psicólogo. Nunca pensei que um dia precisaria, logo eu que sempre fui minha própria analista, ficava na frente do espelho, olhando nos meus próprios olhos em busca de respostas. Mas as vezes, por mais que tentemos enxergar, tudo parece estar encoberto por uma névoa densa, espessa e escura. Cheguei meia hora antes, a ansiedade me correndo por dentro, fiquei lá esperando até o analista aparecer. Fiquei minutos olhando o dispositivo ante incêndio e imaginando como seria se eu acendesse o isqueiro (que eu não tinha). Caos. Sim, seria um caos, um prédio de dezenove andares sendo evacuado por nada. E é exatamente assim que está a minha cabeça. Um caos, precisando ser esvaziado por absolutamente nada. Não que meus problemas sejam nada, mas a causa deles é, e nem deveria significar algo para alguém como eu.</span><br />
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Exatamente às sete começou a sessão, eu simplesmente não sabia o que falar, me senti no primeiro episódio de Adorável Psicose, quando a Natália Klein diz estar nervosa, que parecia primeiro encontro. De fato, é o que pareceu. Ele me perguntou se eu já tinha feito análise, "não", eu respondi. Perguntou a causa de eu estar indo, depois daí só foram lágrimas, é, eu choro também. Aliás, fazia tempo que eu não colocava pra fora tanta coisa. Conversamos sobre meus sentimentos e sensações, ele quis saber como eu me sentia com tudo o que está acontecendo. "Não sei", mais uma vez respondi e logo completei, "As vezes sinto ódio, as vezes amor e em certos momentos eu consigo bloquear e me sentir vazia. Mas é muito ruim essa sensação de vazio, de não sentir nada, mas não sei o que é melhor". Falei tudo o que tinha pra falar, fiquei olhando pra ele e ele pra mim, aqueles segundos pareciam eternos, ai senti mais uma crise de ansiedade se aproximando. "Respira" disse ele, parecendo que sabia o que iria acontecer. "E o quê você está sentindo agora?". "Ansiedade" disse eu. "Respira."</div>
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Depois de ficarmos ali algum tempo, fui me acalmando e realmente, a ansiedade passou. Mas a medida que contava toda a minha situação, aquele sentimento de revolta continuava a me desgastar.</div>
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"Aqui é um momento seu, pra falar de você" afirmou ele franzindo a sobrancelha. De fato, naquela primeira sessão falei muito pouco de mim. Ele me perguntou se me sentia culpada, respondi que não, por que realmente não me sinto culpada, mas com uma parcela de responsabilidade. Saí de lá. Acho que essa terapia vai me ajudar. Se não der certo, talvez eu tente uma nova experiência e vá a um puteiro ou algo parecido!</div>
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