segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Mister T

Nunca falei do meu cotidiano né? Quer dizer, quem lê esse blog com tanta frequência quanto escrevo vai se perguntar "Ué? Nunca falou do cotidiano?". Na verdade não. Acho que muitos de vocês me conhecem mais por dentro do que por fora. É, isso ficou ambíguo, mas vamos deixar assim mesmo. Vocês conhecem mais o que penso do quê o que faço, e isso é bastante compreensível.
Depois de acordar, escovar os dentes tomar banho pentear os cabelos tomar café abrir a porta de casa fechar a porta de casa caminhar até o metrô ir em pé até o centro do Rio de Janeiro caminhar até o prédio da agência subir o elevador dizer "Bom dia!" ao abrir a porta ligar o computador e... ufa! Depois disso tudo, costumo ler alguns sites e blogs que acho interessante, antes de começar um dia de trabalho ultra hard punk. O assunto que está super em alta, tirando o Nana Gouvêa e gatinhos fofos, é a tal da "Geração T". "Mas, Ô Renata! O que diabos é a geração T?". Resumindo, é a nomenclatura usada para designar um novo padrão comportamental, onde essas pessoas são apenas "testemunhas", passivas e sem senso crítico. Salve o retweet e o compartilhamento!
Durante as últimas semanas li alguns artigos sobre essas tantas gerações que estão aí, de fato, essa modinha de falar sobre gerações deve ter sido lançada por alguma geração, que não é a gT, por que eles são "passivos" (hehehe). Mas se a gente parar pra pensar, isso tudo é preocupante. Por mais que tenhamos 25, 30 anos, isso não quer dizer que estamos fora de ser denomonado com um T. Talvez sejamos tão culpados quanto eles, por que o mundo de hoje é reflexo do que fizemos e criamos há uns anos. Baudrillard talvez estivesse certo... cada vez menos homem e mais máquina. Passamos de receptores à formadores de opinião e agora a retwettadores. Que sejamos filhos do pós-moderno, mas não babacas compartilhadores somente. Na minha época eu ia encontrar os amigos pra fazer música, tocar, fazer "firula" com a baqueta como diz uma amiga. Nos conectávamos com o todo, agora não passamos de cabos usb.
Isso me preocupa.
Os valores estão mudando, por um lado é bom. Agora somos mais conscientes(?), somos mais politicamente corretos(?) ou será que nos tornamos apenas mais hipócritas?


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