sexta-feira, 13 de novembro de 2009



Me vejo cortada ao meio
sangrando como fonte que dá de beber aos pássaros
serrada em duas partes opostas
distintas
mudas em seus pecados
Me enxergo como reflexo torto no espelho
em cada mão uma maçã
nem uma das duas mata a minha fome
nem uma das duas será tão doce
Porém estão em minhas mãos
oportunidade de colher flores
que outrora morreram
com o calor do verão!
Não sei se como ou jogo fora
Não sei se abandono a minha glória
tardia é a reciproca
amarga é a saudade
E o amor que as vezes transborda
é o mesmo que no chão se parte!



Um comentário: