quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Uma perda de tempo


Naquela noite tudo parecia claro, ela estava perdida, cega, em um quarto escuro, vazio. Suas mãos tateavam o ar em busca de algo que nem ela mesma sabia, aquela garota que sempre sorria, por dentro sangrava, como animal em abatedouro, em vez de berros ou gritos, o silêncio ensurdecedor da noite, cortado apenas pelo vento que batia em suas lágrimas. Estava ali se perguntando, o por que, do por que, e pra que?

Doava-se com tanta intensidade que chegava a doer cada informação que seu cérebro lia como amor, na verdade ninguém poderia entende-la, não era uma menina era uma mulher, talvez todos a achassem uma idiota, boba, mais sonhadora demais, e o amor a fazia se perder, e sempre que dizia “eu te amo”, ninguém poderia entende-la, pois ela era uma mulher, uma mulher que amava. As pessoas têm falsa verdade que as coisas podem ser esquecidas com facilidade, mas não importava quantas vezes ela dissesse “me ame por favor”, por que ela não seria amada, e também não iria se encontrar nem mesmo no espelho quebrado do banheiro.

Então diga ao céu: Eu te amo baby, você nunca vai me entender!

Tudo que a colocava pra baixo, tirava cada vez mais o brilho das estrelas, ela procurava uma razão, mas nada tinha sentido, nenhuma chance para tentar, talvez ela nunca tenha estado certa. E quando achava que o paraíso seria para sempre, ela não estava certa novamente.

Então feche os seus olhos e chore mais uma vez...


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