segunda-feira, 24 de maio de 2010

"Sem mais delongas"

Eu tentava prever o amanhã
quando você pisava nas lajotas frias do meu quarto
Mas depois de um tempo
a umidade de seus pés foram desaparecendo
Agora já não sei se resta algo seu aqui
Um fio de cabelo
Uma célula esquecida em alguma parte da casa
talvez seja assim mesmo minha querida
Somos como lembranças perdidas
com o passar do tempo
Não quero rimar nada entende?
Não para você
Por mim
E é por nós
que eu estou aqui
Pra provar o contrário da história
que você deixou escrita com sangue
sob a minha pele

Pela casa ainda vejo seu fantasma passar
ainda tenho o resto do sabonete que você costumava usar
Opa! rimei
E é sem querer que eu continua a me perguntar
Como pode alguém deixar
uma pessoa que ela insisti dizer amar?



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