terça-feira, 11 de maio de 2010

Não-Lugar



Há tantos assuntos que eu poderia escolher para desenvolver um texto, que em vez de facilitar a vida, torna mais difícil a escolha. Foi quando lembrei de uma frase que li nos "dois pontos:" da revista virtual Não-Lugar, que é uma ótima fonte de cultura para quem gosta de fotografia e arte contemporânea. Lá havia uma frase que me chamou bastante atenção, "Seria o olhar um obturador sensível ou uma paleta de cores?"
Para quem não sabe o obturador é a estrutura responsável pelo controle do tempo em que a luz irá incidir sobre a película fotográfica, e paleta de cores, inicialmente era aquela tábua onde se encontrava as tintas que um artista usaria para pintar um quadro, mas hoje o conceito é um tanto digital. Enfim. Achei a pergunta um tanto inteligente.
Entre as diversas idéias que veio à minha cabeça, comecei a me questionar sobre a diferença de olhares entre uma pessoa e outra, por exemplo... uma pessoa que não está tão atenta as expressões artisticamente estéticas e uma pessoa que faz da arte um "estilo de vida". Quando uma pessoa "comum" olha pela janela, ela irá sim observar muitas coisas, o verde das plantas, o azul do céu ou a variação do cinza nos prédios, eis que sua visão é como uma paleta de cores. Ela enxerga o óbvio.
Artistas e admiradores das artes são seres altamente observadores, capazes de perceber detalhes muitas vezes subliminares, e onde há um borrão de tinta para os demais, para ele há sentimentos, formas coerentes de se ver o mundo de uma perspectiva diferente. São muitas vezes tão sensíveis quanto um obturador fotográfico. Na verdade o seu olhar é uma fusão entre os dois, cores e luz nos faz perceber a vida de inúmeras formas, o que muitas vezes nos ajuda a ter uma mente mais aberta a coisas novas. Modernidade e Liberdade de pensamentos e ações.
Em outras palavras, o que falta aos demais é apenas a sensibilidade. Por que o mundo não foi feito para a gente viver por viver, ele tem que ser sentido, admirado, temos que mergulhar em suas cores, não é apenas olhar, é enxergar o que há além do além!






link da revista Não-Lugar

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