
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Em seus braços

Bem ali, ela estava bem ali, prestes a vir me carregar, e eu a olhava atentamente, vendo seus atos, temendo uma aproximação mais brusca. Ficamos ali nos entreolhando, ela me seduzia aos poucos, pensei diversas vezes em deixar ela me erguer em seus braços e me levar para onde ela desejasse. Eu sorri. Às vezes até esquecia o que estava acontecendo e me sentia bem. Não sei se a dor era tanta que eu estava perdendo a noção do que sentia em meu corpo ou se ela realmente estava indo embora.
Fechei os olhos...
...
- Você está ai?
...
- Reanima ela... Você está ai?
...
Minhas pupilas dilataram, e a luz era forte demais, vi apenas borrões, três serem sobre mim, meu peito doía, parecia que estavam dando socos na minha costa, e meu coração se retorcia dentro de mim, eu sentia que fosse tudo explodir. E ela ali parada olhando tudo aquilo. Ela sorriu friamente, estendeu a mão. Comecei a chorar freneticamente. Agulhas. “Eu não quero!” foi o que meus lábios falaram sem um pingo de voz, eu estava desligando.
...
“Você não quer mesmo ir?”
Meu coração ainda batia, dolorido, apertado, doente, mas batia como uma mão fechada quando dá um soco no muro. “Você pode ficar livre. Como você sempre pediu, nos seu sonhos, nos seus pensamentos, estou te dando a chance que sempre esperou!” – Sua voz era doce, tão suave... Quase me deixei levar por aquela loucura. Eu não podia ir, não podia ser covarde e deixar todos para trás. Seria eu tão amarga?
Fechei os olhos, me perdoei por tudo, jurei pedir perdão... E quando abri os olhos...
Ela já não estava lá!
S...02
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Sociopatia crônica
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Ou
Ou você é ou não é
Não tente criar um personagem
As coisas acontecem por que tem que acontecer
Ou você quer ou não quer
Não tente criar uma situação
Nossos caminhos talvez não mais se cruzarão
Posso afirmar que não existe para sempre
Acorde desse seu conto de fadas
Eles não existem
Talvez nada que você tenha pensado seja verdade
Mas você não acreditou quando deveria acreditar
Você não acreditou em mim
Ou você é ou não é
Não tente ser anjo ou demônio
Não tente ser quem você não é
Se olhe no espelho
Ainda existe o meu reflexo
E você não pode apagá-lo
Talvez nada que você tenha pensado seja verdade
Mas você não acreditou quando deveria acreditar
Você não acreditou em mim
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Clichê
Sabe aquela coisa clichê?
Coisa de poeta mal amado, que sempre escreve poesia quando se está fudido por causa de uma amor? Pois é, eu sou assim... E sou clichê! As vezes me acho muito “mulher de malandro”, que só gosta de quem não gosta de mim, ou realmente sou uma, ou minha sorte é uma merda, por que sempre me ferro! Mas quer saber? Foda-se.
Porém... O que fazer quando se gosta tanto de alguém, que chega a sentir saudade até dos defeitos? O tempo passou tão rápido, foi tão intenso, que parece que nos relacionávamos há anos. Terminou ontem, e já me recordo como se tivesse acabado há décadas. Já sinto falta do seu cheiro de perfume de bebê, das suas manias de limpeza, sempre lavando as mãos.
Enfim, o tempo não volta.
Creio que estou me tornando o estereótipo de poeta decadente: Mal amada, semi alcoólatra, fumante inveterada e amarga!
Foda-se
Eu sou Clichê!
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Platônico
