domingo, 6 de junho de 2010

Desconstrução

Arranha-céu
Arranha o céu
Aquele que deixamos cair
Construimos tijolo por tijolo
desistimos de fazê-lo subir
Chegamos ao topo e nos jogamos
Em queda livre
não existe planos
não existimos
E nossas lembranças?
Semelhanças
será que não tivemos?
E a dita Amizade
aquela tal saudade
que um dia escrevos?
Aquele filme engraçado
Aquele nosso amor, mal amado
Aquele calor, suado
Eu já não lembro.
Não lembro do seu cheiro
O que ficava no meu travesseiro
Não vejo mais seus fios de cabelo
Nem sei quais os meus devaneios
Esqueci do teu corpo
do seu beijo
Não lembro do seu gosto
nem do seu jeito
Se me ligasse, outrora
eu sentiria
mas agora
nesta hora
eu não reconheceria
Por que sua voz
já não faz parte do meu dia
E o seu futuro
nunca me pertenceria
Nunca lhe perdi
pois nunca a tive
Mas você
Sim! Me perdeu
Fui uma má escolha?
Uma aventura
Que começou em um banheiro
e terminou na rua
Tão fácil dizer "Eu te amo"
quando estamos nuas
quanto se jogar no chão
Porém "desamar"
Por engano
é atar as próprias mãos
Pode parecer desumano
Com o lápis que você me deu
Escrevo outros planos
E como jogá-lo fora
Se nem ao menos sei quem sou eu?
E o que vou pedir agora
É que me dê
um simples Adeus.

2 comentários:

  1. uma vez eu li em algum lugar algo sobre o poder das palavras que dizia mais ou menos assim 'podes me contar da tua dor e eu me compadecerei, mas se escreveres sobre ela eu a sentirei contigo', mas nem todo mundo consegue isso e, nossa, parabéns, porque não é todo mundo que consegue apertar corações com palavras. :)

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  2. Lindo de doer cara *-* tu escreves tao lindo

    mesmo mesmo!

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