terça-feira, 3 de agosto de 2010

Quando é preciso dizer Adeus...

Por trás de toda saudade, que machuca e fere, existem infinitas boas lembranças, que por um segundo se tornam facas afiadas, agulhas pontiagudamente cegas. Por trás de toda dor existe uma força descomunal, que nos faz ser capazes de repensar o que e quem somos. Fé é algo que nos conforta, como abraço de mãe que nunca se perde, as vezes essa tal fé que nos acolhe parece não existir, adormecida ela nos causa desespero, e sem saber o que fazer, acabamos escolhendo o caminho mais fácil. Volto a retomar minha idéia de que facilidade não é sinônimo de sucesso, da mesma forma que sucesso não é o mesmo que felicidade.
Para muitas pessoas, pequenos atos e palavras simples, são penas o que aparentam ser, mas para mim, cada gota de sentimento real é um oceano a ser preservado, e justamente durante anos, deixei que construissem em mim esse imenso mar, alguns naufrágios, nada do que não se pode superar, confesso ter algumas manchas espalhadas a espera de algo ou alguém para me purificar. Por um momento perdi minha fé, me afoguei em meus devaneios.

Alguns raios de sol sempre entrarão pela janela, por mais que a piscina esteja seca, sempre será onde aprendemos a nadar. Ler os jornais de domingo não será mais a mesma coisa sem estar em sua sala, da mesma forma que nada mais será igual, nenhuma festa em familia, nenhum Natal.


Hoje pedi perdão a Deus, hoje deixei que minhas lágrimas não só se despedissem de vocês, mas as deixei se despedir de mim mesma. Hoje sou um pouco mais da mulher que vocês esperavam que eu pudesse ser. Hoje eu não tenho medo de dizer Adeus.




Em memória de Francisco de Assis Alves de Oliveira (+ 24/05/10) e Elizabeth Bezerra de Oliveira (+ 02/08/10)

Um comentário:

  1. Eu te amo Rê, e o que eu mais quero é te ver bem , espero que voce se recupere bem desta; (L) Tô aqui pra tudo , sempre!

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