terça-feira, 5 de outubro de 2010

Quando nos perdemos...


Ultimamente estou em uma onda meio nostálgica, na verdade estou tentando reencontrar o meu antigo eu, que por sinal eu adorava, era absurdamente diferente do que sou hoje, além de que meu humor era muito melhor, não tinha tantas responsabilidades e nem tinha com o que me preocupar, passava horas pintando e conseguia relaxar de tal maneira que não consigo atualmente. Naquela época o tempo parecia passar tão devagar, meus finais de semana eram longos, pela manhã assistia desenho, de tarde ia para o fliperama jogar e a noite conversava na porta de casa com os vizinhos. Nossa! Hoje é um perigo ficar na porta de casa, dê bobeira e o dono vem pra levar tudo o que você tem. Triste, muito triste.
Observando que há muito tempo já não sou quem eu amava ser, resolvi que iria me reencontrar entre os engarrafamentos ao ir para o trabalho e entre as horas que voam sem deixar resquícios de sua passagem. Decidi que deveria voltar no tempo em minhas lembranças e trazer a tona o que há muito tinha esquecido... Saudade das manchas de tinta nas minhas mãos, das cores que me pintavam, que me davam vida. É estranhamente engraçado como nos tornamos cinzas, como os prédios de concreto, quando chegamos a idade adulta, e como se já não bastasse perdemos nosso calor interno e expelimos alguém frio e oportunista... E no espelho, outro reflexo, não é mais você. Sorry!
Foi assim, me olhando no espelho, e lendo algumas agendas antigas, que me deparei com a realidade... Tinha me tornado um robô! Minhas peças foram gradativamente colocadas com o passar dos anos, e prestes a fazer 24 primaveras, verões, outonos e invernos, queria me libertar. O sentido de liberdade muda, vou logo avisando! Ter dinheiro e poder sair à noite não é liberdade se você não for liberto mentalmente. E eu estou presa, ainda, sim, presa aos erros que cometi achando que estava acertando, vestida de orgulho e prepotência, um ego enorme e alguns trocados no bolso.
Às vezes tento analisar a sociedade, e eu que sempre quis ser diferente, acabei me tornando apenas mais uma... Todos temos escolhas, eu tenho duas, me acomodar, permanecer intacta, cinza, ou me pintar novamente, e viver novamente e sonhar novamente. A melhor oportunidade... é a mudança.

3 comentários:

  1. e se dependesse de mim eu iria até aí e te jogava mil baldes de tinta guache (L) uma aquarela de felicidade , só pra te ver sorrir.


    EU TE AMO rapá, e isso nao é mentira alguma
    muita saudade de ti :\

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  2. a q legal... mt mesmo... sensacional...rsrs ^^
    =]

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  3. E a vida passa, a gente pensa que muda um pouco, pensa que muda nada, mas acaba mudando demais. Enquanto uns querendo esquecer o passado, tu aqui querendo voltar pro teu antigo eu..

    Fica bem,

    Elder Ferreira.

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